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25 abril 2014

1974-2014

Celebrar Abril com o símbolo da pureza inicial do Movimento das Forças Armadas.

09 fevereiro 2013

Maneira de falar bracarense vira investigação universitária

O concelho de Braga tem um falar especial. Investigadores da Universidade do Minho estão a estudar o «falar bracarense» através de entrevistas, em 12 freguesias. E, é certo, em Braga, esticam-se os ditongos.

Falar bracarense

Os vocábulos «aluquete», «artolas», «morrinhento», «estrugido», «trengo», e expressões como «vender água sem caneco» ou «bom para ir buscar a morte», são tão comuns em Braga como no Porto, apesar de o autor do Falar Braguês as atribuir aos bracarenses. Não seremos todos nós, galegos do sul, minhotos?

25 janeiro 2013

13! Olhó 13!

Lotaria Popular! Olhó 13!

31 dezembro 2012

O vôo dos pilritos

na praia do Castelo do Queijo

Com votos de que a alta finança internacional não nos corte mais as asas do que prometeu para 2013. Bom ano novo para todos.

12 novembro 2012

Quem se lembra do «Vai no Batalha»?

Quem viu, de certeza que não esqueceu. Foi um êxito do Teatro de Marionetas do Porto que esteve meses seguidos em cena durante 1993, com lotações esgotadas, no teatrinho de Belomonte. Reuniu autores do melhor que tínhamos, e temos, numa revista à portuguesa fantástica e hilariante que trouxe à cena a alma popular portuense, caracterizada por uma linguagem - classificada por um crítico como vicentina - que não é novidade nenhuma para quem vive ou trabalha no Porto.
Vejam aqui um dos personagens incontornáveis desta comédia, o Fredo Brilhantinas, arrumador de «biaturas ligeiras», inspirado num personagem real do Largo de S. João Novo, que um dia caiu ao rio com o carro de um magistrado que lhe tinha confiado a chave da viatura para estacionar.

19 outubro 2012

Um vôo entre Espinho e a foz do Douro

O percurso é curto e as imagens, captadas com uma câmara minúscula do tipo GoPro, ilustram mais o vôo do que a paisagem mas, mesmo assim, valem tanto pela sensação de aventura como pela oportunidade de avistarmos do ar a ponte da Arrábida, a foz do Douro e as boas praias de Gaia que se estendem de Lavadores a Espinho. Quanto ao avião é um Piper J-3 Cub, que começou a ser fabricado em 1938 e é produzido até hoje para quem gosta de voar. (via A Baixa do Porto)

24 setembro 2012

Gigantes em Leixões


Os navios de cruzeiros que, cada vez com maior regularidade, visitam Leixões, deixam-nos perplexos pelas dimensões extraordinárias que ostentam. Junto deles os Titãs que outrora foram grandes (as gruas movidas a vapor que trabalharam na construção do porto e por lá permanecem), parecem diminutos, os molhes apresentam-se reduzidos, os depósitos que acolhem o crude trazido por petroleiros, pequenos, e os outros barcos perderam a grandeza. São elementos novos na paisagem da região do Porto, estes gigantes dos mares que, espera-se, tenham vindo para ficar.

16 setembro 2012

Três imagens da manifestação «... Queremos as Nossas Vidas»

... seguidas de afirmações de dois cidadãos insuspeitos, proferidas fora deste contexto.

Nós estamos em democracia, todos os elementos para que isto funcione existem, se não funciona há uma responsabilidade pessoal do governo, do presidente da república, da classe política em geral, de todos nós. Nós próprios é que criamos as condições para que a classe política, a todos os níveis, não se sinta constantemente responsabilizada pelo nosso pedido de contas. Nós somos os eleitores, eles são os nossos representantes, não são os nossos chefes, não são os nossos senhores. Isso acabou há dois séculos.
Eduardo Lourenço, 22.03.2011

Os contribuintes estão a atingir um ponto de ruptura que não se coaduna com mais sacrifícios sob a forma de impostos. Há um limite, que é a fadiga tributária, e nós não podemos atingir esse ponto.
Adriano Moreira, 28.08.2012

28 junho 2012

Euro 2012 nos Aliados

Portugal-Espanha. A euforia, a apreensão e o desânimo.

26 junho 2012

Querem espoliar o Norte das suas relíquias ferroviárias

A mais antiga locomotiva existente na Península Ibérica, conhecida entre os ferroviários pelo nome carinhoso de «Andorinha», está em vias de ser deslocada da região onde trabalhou mais de cem anos, para o sul. O alerta é de um grupo de ferroviários aposentados, que se opõem a esta decisão numa carta-aberta intitulada «Querem espoliar o Norte das suas relíquias ferroviárias».
Os signatários afirmam que esta locomotiva e outro património que poderá abandonar Nine, em Famalicão, deverá permanecer no Minho «exatamente como os quadros de Grão Vasco devem continuar na Igreja de Tarouca ou no Museu Grão Vasco de Viseu, bem como os Painéis de S. Vicente, de Nuno Gonçalves, em Lisboa», argumentando que se trata de uma «mais-valia imprescindível para impulsionar a economia local e regional, no âmbito do turismo, ao diversificar a oferta cultural».
Leia a carta-aberta e veja a «Andorinha» e o belo edifício da cocheira de locomotivas a vapor de Nine, no blogue aqui ao lado, A Cidade Deprimente.

05 abril 2012

Na cidade das camélias...

... as flores que gostam do frio estão de regresso à terra para alegrarem os nossos dias no próximo Inverno.


A ler no Porto24:
«A cidade do Porto foi o primeiro sítio a ter camélias em Portugal, segundo refere Marques Loureiro, pai da horticultura portuguesa no século 19, no Jornal de Horticultura Prática, onde se pode ler que as primeiras camélias importadas viajaram para o Porto entre 1808 e 1810».
«"O perfume delas é, talvez, a cor”, escreveu o poeta Pedro Homem de Mello a propósito das camélias que existem no Porto, plantas também conhecidas por “japoneiras”, pela associação aos Descobrimentos Portugueses e ao Japão».

30 setembro 2011

Uma flor na baixa




Rua do Ateneu Comercial do Porto, 45

26 julho 2011

O elogio da mulher

O que têm em comum Guilhermina Suggia, Aurélia de Sousa, Dona Antónia Ferreira, Rosa Ramalho, Carolina Michaëlis, Joaquina da Conceição Gomes e Sophia de Mello Breyner Andresen? A condição feminina, o facto de serem notáveis e, de uma maneira ou de outra, estarem ligadas ao norte de Portugal.


Foram estes factores que levaram a uni-las num painel sem título mas que poderia chamar-se "O elogio da mulher", com 2,00m por 9,00m, exposto, como elemento decorativo, num restaurante, bar, loja e livraria, fundado por mulheres, o No feminino com , na Praça de Carlos Alberto, no Porto.

GUILHERMINA SUGGIA (1885-1950)
Distinguiu-se como violoncelista. Foi precoce. Aos sete anos fez a sua primeira apresentação pública; aos 13 era já a violoncelista principal da Orquestra da Cidade do Porto. Estudou em Leipzig, na Alemanha, viveu em Paris com Pablo Casals - de quem tinha sido aluna – e em Londres. Em 1924 regressou ao Porto. Guilhermina teve um sucesso absoluto no meio musical europeu. A sala principal da Casa da Música tem o seu nome em homenagem a esta mulher notável. E revolucionária também, no sentido em que contribuiu decisivamente para a abolição de um preconceito, o de que o instrumento que tocava era indecoroso para as mulheres.

AURÉLIA DE SOUSA (1866-1922)
A imagem que está no painel é de um auto-retrato inacabado de Aurélia de Sousa, pintado por volta de 1897. Segundo Raquel Henriques da Silva, sua biógrafa, o enorme laço de cetim preto que a pintora ostenta, contraria a discrição habitual dos seus adereços e, ao mesmo tempo, fragiliza o rosto da pintora com uma modernidade inovadora para as convenções oitocentistas da pose feminina. Aurélia, enquanto Arlequim, ter-se-á divertido, nesta cena de interior, com o espelho e o vestuário.
Filha de emigrantes - nasceu no Chile - veio para o Porto com a família aos três anos de idade. Entre 1898 e 1901 viveu em Paris. No Porto, na Quinta da China, diante do Rio Douro, realizou a maior parte das suas obras, marcadas pelo Naturalismo. Ainda segundo R.H.S., Aurélia de Sousa é uma das mais importantes personalidades artísticas dos anos de 1900. Uma boa parte da sua obra pode ser observada na Casa Museu Marta Ortigão Sampaio e no Museu Nacional de Soares dos Reis.

Dona ANTÓNIA FERREIRA (1811-1896)
Mulher, humanista e empresária, três condições difíceis de encontrar em alguém que tenha vivido no século XIX. Teve uma vida pessoal atribulada mas isso não a impediu de contribuir, de forma notável, para o desenvolvimento da região que a viu nascer, o Douro vinhateiro. Debateu-se contra a filoxera, a terrível doença da vinha que dizimou inúmeros vinhedos provocando a miséria, soube ser solidária com os trabalhadores durienses, teve a coragem de dizer não ao poder político lisboeta e, mesmo assim, aumentou a fortuna que herdou. Dona Antónia Ferreira é incontornável, ainda hoje, quando se fala do Douro.

ROSA RAMALHO (1888-1977)
Teve uma vida longa mas a actividade que a tornou notável, a de barrista, moldando, com imaginação e ingenuidade, diabos, porcos, anjos, cristos, cabras e cenas da vida rural, exerceu-a na adolescência e depois só após os 68 anos. De permeio ficaram 50 anos passados em S. Martinho de Galegos, tempo que dedicou a tratar da família. Foi António Quadros que a deu a conhecer, nos anos 50, e lhe sugeriu que assinasse as suas peças. Hoje o duplo R no figurado de Barcelos é uma assinatura de prestígio. Rosa Ramalho tem seguidores, do seu imaginário fantástico, em Júlia Ramalho, sua neta, e noutros artesãos da sua região natal.

CAROLINA MICHAËLIS DE VASCONCELOS (1851-1925)
Nasceu em Berlim. Chegou ao Porto, em 1876, depois de ter casado com o musicólogo e historiador de arte Joaquim de Vasconcelos, que conheceu devido ao seu interesse pela cultura hispânica. Tornou-se portuguesa por devoção. É a mais célebre filóloga da nossa língua e foi a primeira mulher a leccionar numa universidade nacional, a de Coimbra, para onde se deslocava, partindo do Porto, várias vezes por semana. Escritora, crítica literária, lexicógrafa e investigadora, foi eleita para a Academia de Ciências o que provocou alguma discussão pelo facto de ser mulher. Levou 27 anos a “decifrar e copiar, com paixão e paciência” as “páginas seis vezes seculares” do Cancioneiro da Ajuda que editou em 1904. Publicou 180 títulos em prol do conhecimento da literatura portuguesa.

JOAQUINA DA CONCEIÇÃO GOMES, a São (1938)
Nasceu no dia de S. João. Trabalhou toda a vida como lavadeira. Lavava e cantava, cantava e lavava. Deixou de cantar quando a alma entristeceu e de lavar quando lhe faltaram as forças. Vive na Afurada.






SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN (1919-2004)
Nasceu no Porto mas partiu daqui muito cedo, com 10 anos de idade. É uma das figuras nacionais contemporâneas mais consensuais. Discreta e vertical, era avessa a vedetismos, Sophia deixou-nos uma obra literária no domínio da poesia, da prosa e do ensaio, marcada pela originalidade, pelas preocupações sociais e políticas e pela sua formação clássica. É considerada uma das principais personalidades literárias da segunda metade do século XX em Portugal.

18 junho 2011

12 março 2011

Um País à Rasca

Pacífica e até festiva, foi como decorreu a manifestação apartidária da Geração à Rasca, convocada para hoje na Praça da Batalha, no Porto, e em mais 10 cidades do país. A praça acabaria por se revelar pequena para conter a multidão que ali afluiu. Os manifestantes desfilaram então pelas ruas de Santa Catarina, Fernandes Tomás e Sá da Bandeira, em direcção à Avenida dos Aliados. Aqui a multidão tinha aumentado, falando-se em 80 mil pessoas presentes.



A participação de tanta gente, de todas as gerações, numa tão grande manifestação, indicia algo que vai muito para além da reclamação de trabalho e de um salário digno – que o Estado não pode nem deve, jamais, garantir. O que está latente é a mudança de regime político, porque este, ao encher o ventre à tripa-forra, há muito que se corrompeu e faliu nas suas obrigações primárias de garantia de funcionamento das instituições nacionais. Venham outros actores, venha OUTRA REPÚBLICA!












19 outubro 2010

Um jipe, dos autênticos, nos Clérigos



Fiel como um cachorro, forte como uma mula e ágil como um cabrito. Foi com esta expressão que um jornalista definiu, um dia, o desempenho do jipe Willys durante a II Guerra Mundial. Começou a ser fabricado nos Estados Unidos em 1941 e em 1944 passou a integrar o exército português. Trinta anos depois, aquando do fim da guerra colonial, ainda havia inúmeros destes veículos, versáteis e resistentes, nas ex-colónias portuguesas. O que me surpreendeu, há dias, foi ver este exemplar do esplêndido Willys, que terá setenta anos, a descer, ágil como um cabrito, a Rua dos Clérigos.