12 agosto 2005

No Molhe - 2



Numa placa mal conseguida, colocada há alguns anos no Molhe, pode ler-se: «Em meados do século XIX era já funcional este porto de abrigo, o porto de Carreiros, para facilitar o desembarque de passageiros, correio e bagagens a partir de navios fundeados ao largo quando a vasante (sic) na barra do Douro não dava entrada».

Isto é, o Molhe foi construído como paliativo porque não era a solução definitiva para o problema da barra. Essa viria mais tarde com a abertura do Porto de Leixões e o consequente abandono do Porto do Douro.

Houve, entretanto, outras soluções para amolecer a entrada do rio, como o aterro do Passeio Alegre, onde assenta o actual jardim, e o paredão em cuja extremidade está o Farol de Felgueiras.



O Molhe, que cumpriu a sua missão de cais e deu nome a uma rua e a um lugar, ficou para o presente como uma fenda de terra no mar, um agradável miradouro que nos permite observar com algum recolhimento a praia e o casario da Foz.



Com um pouco de imaginação é até possível olhá-lo como um enorme e pesado batelão orientado para o Atlântico Sul, a navegar, a navegar...

8 comentários:

isabel mendes ferreira disse...

apetecia-me roubar todas as fotos/pinturas e depois dizer que eram minhas....Carlos....são
D
E
M
A
I
S.bjo.

Miguel de Terceleiros disse...

Grande nótula histórica da nossa cidade, já para não falar das fotos!
abraço

Anónimo disse...

Carlos; *sorrio*
o que nos foi trazer?!!! este molhe de carreiros traz me á lembrança cada recordação!!!uma...foi a historia tantas vezes contada pelo meu pai de uma mulher em fim de tarde de temporal se ter descalço e encaminhar-se p/fim do molhe como q a querer por fim á sua vida.Um rapaz viu correu a demovê-la e ainda hj suponho q são casados.Outra...a de um colega meu de escola...o Mochilas...rapaz lindo e irrequieto...q afrontou as vagas e...o mar levou..apareceu dp...na praia...outra memoria...a de uma mulher desesperada dizem q filha de um gasolineiro...q casada c/um toxicodependente se matou...c/o bebe de 9 meses atado á cintura...a minha infancia está povoada destes casos tragicos...mas tb de uma promessa q fiz ao Mais Que Tudo naquele paredão....de q um dia q nos zangassemos e o orgulho ñ nos permitisse voltar...q ali nos encontrariamos...na ida e volta de uma onda....no cruzar de uma gaivota...a ver vamos se ñ nos vamos esquecer da promessa q fizemos...e outras historias conheço, deliciosas..mas essas...vou ter q vos ocultar....*sorrio* bem haja!!! uma vez mais por me fazer regressar ao passado.
asc

Poor disse...

adoro quando vens à minha zona!:)

PR disse...

quando a qualidade se torna constante, é cada vez mais difícil adjectivá-la.
Boa.

Conceição Paulino disse...

muitas vezes, em dias de agitado mar me sinto nele a navegar,com as ondas galgando-o parcialmente...

Anónimo disse...

O mar, o mar imenso onde adoro repousar os olhos e viajar...
E que tal ler um bom livro numa esplanada da n/ Foz? Para mim funciona como terapia.
Carlos, as suas fotos continuam fantásticas.
bj

ana disse...

o Porto é lindo de morrer...