27 setembro 2010

Gaia, praias de sonho









Há uma fotografia da revolução de 74 que nos revela, em segundo plano, uma parede onde estão cartazes com o lema “Moçambique, praias de sonho”. Quereria o regime de então promover a ex-colónia como destino turístico.
Em Gaia, foi feito ao longo de anos um trabalho notável de limpeza das ribeiras que desaguam no mar. A par disso foram construídas, nas praias, paliçadas que protegem e favorecem a consolidação do cordão dunar. Um passadiço que permite percorrer a orla marítima a pé, de Lavadores até Espinho na distância de 15 km, vem completar o conjunto.
Se a isto juntarmos águas transparentes, areais limpos e a beleza natural do lugar, poderemos adaptar, com propriedade, a divisa do cartaz de outrora, o que dará: Gaia, praias de sonho.

24 setembro 2010

A Justiça



A Justiça tal como a viu Leopoldo de Almeida: uma figura juvenil, serena, de olhos abertos, munida da espada punitiva e da balança do rigor. A estátua, que tem 6,5 metros de altura, está enquadrada por um baixo-relevo em granito, da autoria de Euclides Vaz, que representa cenas bíblicas e as quatro virtudes cardeais: a Prudência, a Fortaleza, a Justiça e a Temperança.
Para ver outras obras de arte do Palácio da Justiça do Porto, carregue aqui.

21 setembro 2010

20 setembro 2010

Porto sem ideia nem elites

A crónica de Carlos Abreu Amorim, a ler na íntegra, no Jornal de Notícias

"(...) O Porto significa autonomia, autogoverno dos assuntos que lhe são próprios, irrequietude perante os poderes externos. Estriba-se na memória milenar de uma cidade de comerciantes que se regia por leis e costumes locais, em que os nobres não podiam pernoitar e em que a pata suja da Inquisição nunca mandou. Muito ao contrário do resto do país.
(...)
Contudo, se as elites nacionais se assemelham a uma caricatura indigesta, as do Porto parecem ter-se sumido na decadência que tem assolado a cidade.
(...)
Rui Rio já engendra pretextos pífios para recusar um novo hospital de crianças - alguns, poucos, protestaram mas a maioria manteve-se num silêncio apático e bovino. Entretanto, o Governo teima em abalroar a região entre Aveiro e Caminha com portagens nas vias que tinha jurado nunca virem a ser pagas - em Junho, muitos reclamaram mas agora parece descido sobre as pessoas um véu pardacento de capitulação que leva a admitir que esta região seja discriminada já em Outubro enquanto o resto do país só pagará as Scut não se sabe bem quando.

A aquiescência subserviente face aos desmandos dos maus governos, sejam locais ou central, é um sinal distintivo que contrasta com o modo de ser que fez o Porto. Quando nada parece beliscar a modorra das elites e o comodismo de quase todos, constata-se que a ideia do Porto se está a tornar uma recordação de tempos que já lá vão."

17 setembro 2010

Edifício "A Nacional"

Um projecto, de 1919, entre muitos outros com que o arquitecto Marques da Silva moldou parte daquilo que o Porto é hoje.