
No Porto, cidade onde a crueldade do dito se abateu com dezenas de enforcamentos públicos, após o motim dos taberneiros, premiaram-lhe a façanha dando o seu nome ao antigo Largo da Aguardente. Vá lá perceber-se porquê.
O templo que é conhecido popularmente como Igreja do Marquês, por se situar na Praça do Marquês de Pombal, tem outra denominação, mais adequada, a de Igreja da Senhora da Conceição. Segundo um folheto lá disponível, reconhecem-se várias influências arquitectónicas no projecto original do monge beneditino Paul Bellot, alterado pelo arquitecto Rogério de Azevedo. A das basílicas romanas, na planta; do românico e do gótico na estrutura dos arcos; da arte moçárabe nas colunas e rendilhados interiores. Passo a citar: «Na decoração interior o autor do projecto ter-se-ia inspirado na arte bizantina e árabe, pretendendo utilizar o tijolo (hoje substituído por mármore) e o mosaico policromado. Razões quer económicas, quer da Câmara Municipal do Porto, com os seus vários pareceres negativos, terão obrigado a abandonar esse tipo de decoração».
A igreja, com a sua esbelta torre a lembrar os templos góticos, foi construída entre 1938 e 1947.