
A celebração do 31 de Janeiro, integrada no Centenário da República, continuou hoje no Porto. A par das cerimónias de carácter político, que para aqui não interessam, houve quem se manifestasse por Outra República, talvez mais justa e mais séria do que aquela que hoje desfilou pelas passadeiras vermelhas, desta vez mandadas estender a norte.

Os festejos na rua começaram com uma escalada dos Clérigos que, à semelhança da de Raul Caldevilla - o publicitário que promoveu a primeira escalada da torre, em 1917, para anunciar os produtos da moagem Invicta -, deixou os portuenses, ali presentes, de queixo no ar.

Para além da exímia Banda das Forças Armadas, que prendeu a atenção da numerosa assistência, a tarde foi marcada por outras manifestações artísticas de cariz popular.

Do Minho vieram gigantones e cabeçudos...

... o Grupo de Bombos da Casa dos Rapazes, de Viana do Castelo, que atordoou os ares,

dois sorrisos galegos,

integrados na Banda de Gaitas de Santiago de Cardielos,

que primou tanto pela música como pelo trajar...

... e inúmeros acordeonistas que ajudaram à festa. Em simultâneo, no interior do Centro Português de Fotografia, decorria a abertura da exposição Resistência, da Alternativa Republicana à Luta contra a Ditadura (1891-1974) e a Orquestra MIMA interpretava Suite Alentejana, de Luís de Freitas Branco.
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Nota 1Fev2010
Dizem-me, da Banda de Gaitas de Santiago de Cardielos, que, apesar do professor da banda e mais quatro elementos que a integram serem espanhóis, os sorrisos das meninas acima, são portugueses e não galegos. Fica aqui a correcção.