
Há seis meses que não faço aqui qualquer referência ao blogue que corre paralelo a este, A Outra Face da Cidade Surpreendente, onde me proponho abordar, através de imagens, a decadência urbana do Porto. Entretanto passaram por lá a Rua de S. Pedro de Miragaia, Sá da Bandeira, a íngreme Rua das Taipas, a medieval Travessa da Rua Chã, Santa Catarina, uma igreja que serve de estendal de roupa nas Escadas do Codeçal, o cadáver da Livraria Tavares Martins, a Praça de Lisboa vandalizada, a ruína onde funciona a 1ª Divisão da P.S.P. do Porto e, por fim, a fotografia acima, da antiga Calçada da Teresa, hoje Rua da Madeira, que corria junto da Muralha Fernandina.
Esta rua não se afirma, como outras, pela nobreza das fachadas que aqui são corridas, funcionais, despidas de enfeites porque são apenas as traseiras das casas da rectilínea 31 de Janeiro. É antes pelas cores e pelo traçado, serpenteando encosta acima até à Batalha, e por aquele esguio e frágil casario apoiado num muro, a ameaçar ruir em qualquer momento, que poderemos aludir à beleza plástica da Rua da Madeira.