Mostrar mensagens com a etiqueta Casa da Música. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Casa da Música. Mostrar todas as mensagens

22 setembro 2014

27 maio 2013

Casa da Música

A Sala Suggia no intervalo de um espectáculo da Orquestra Sinfónica do Porto.

09 maio 2005

«Não gosto da Casa da Música...»



«Não gosto da Casa da Música, mas vou ter de viver com ela». Foi com esta frase de Hélder Pacheco, historiador da cidade do Porto, que Beatriz Pacheco Pereira me aguçou a curiosidade para ler com atenção um artigo de opinião, publicado por si no Primeiro de Janeiro, sobre a obra de Rem Koolhaas. Curiosidade acentuada, por Beatriz Pacheco Pereira estar ligada ao mundo do espectáculo.

E o que nos diz a fundadora do Fantasporto? Que a sua posição é quase a mesma de Hélder Pacheco. Lamenta ter de se habituar a ver aquele «poliedro mal amanhado» pousado na cidade. Classifica o edifício como um monstro de egoísmo, um labirinto em betão bruto «cheio de corredores, passadiços, portas estreitas e escondidas, escadas vertiginosas e acessos dificílimos».

Como a unanimidade pode, por vezes, ser empobrecedora e apesar do entusiasmo pelo edifício manifestado neste blogue, fica aqui a ligação para o texto de Beatriz Pacheco Pereira.

13 abril 2005

Na Casa da Música



«Não estamos interessados em fazer um edifício público, mas em fazer um edifício para o público. De uma forma subtil, de dia o edifício absorve a cidade e a partir do entardecer projecta o seu interior para a cidade. Há sempre uma fórmula conceptual nas palavras que espoleta o edifício.

Acho que criamos as condições ideais para isso. A embaixada holandesa em Berlim, o centro estudantil IIT, em Chicago, a Biblioteca Pública de Seattle, que foram terminados no último ano. Foi muito importante para mim perceber que cada um dos edifícios começou a ser usado pelas pessoas de uma forma muito natural, sem que fosse preciso explicações da minha parte. Apesar de serem, em termos arquitectónicos, muito ambiciosos, o público não se inibiu de se apropriar deles.»

Rem Koolhaas, em entrevista ao Jornal de Notícias



Quem é Rem Koolhaas?

O Office for Metropolitan Architecture



«Isto é fantástico, parece uma catedral»

Anthony Whitworth-Jones, Director Artístico da Casa da Música



«Uma arquitectura desumanizada, indiferente à escala humana.»

Agostinho Ricca, Arq.



«Ontem, mais de meia centena de responsáveis dos media estrangeiros, guiados pelo cérebro do OMA-Office for Metropolitan Architecture, não disfarçavam a impressão: o olhar dos inquietos a tentar ganhar todos os lados, as mãos de máquinas fotográficas a absorver ângulos, muitos perdidos, muitos holandeses, espanhóis, japoneses, alemães, uma diversidade de línguas e sotaques, italiano, português, dinamarquês, todos a seguir Koolhaas no caminho.»

José Miguel Gaspar, no Jornal de Notícias



«Para os cépticos, a frase que um dia Alexandre O'Neill criou para a Coca-Cola, bem podia ser aplicada à Casa da Música. "Primeiro estranha-se, depois entranha-se."»

Mário Laginha, músico, na revista Arquitectura e Vida


«A Casa da Música não tem que pender para tabus. É uma peça de arquitectura notável, que não tem de estar irritada pela envolvente. Tem a envolvente que quer. A cidade não tem que privilegiar sítios para senhores A, B ou C»

Troufa Real, arquitecto, na revista Arquitectura e Vida



«Custa-me ver um homem [Rui Rio] que nunca gostou do projecto Casa da Música e nem o consegue entender minimamente, vir dizer que vamos abrir a CM. Graças à sua ignorância a Casa da Música abre gerida por amadores, sem credibilidade enquanto projecto cultural, sem promoção internacional (para além da arquitectónica feita por Koolhaas), com uma imagem gráfica digna de associação recreativa de bairro, ainda como comissão liquidatária da Porto 2001, sem restaurante nem loja a funcionarem, com a obra mal acabada e o edifício mal testado, etc, etc. E tudo isto sendo Rio nº 2 do PSD e presidente da Câmara e Agostinho Branquinho administrador.»

Pedro Burmester, músico, no blogue A Baixa do Porto



«Seen from a late-19th-century park across the street, the building has an almost formal elegance. Yet as you circle around it, its canted walls distort your sense of perspective, making it hard to get a sense of its dimensions. From other angles, its faceted form juts out unevenly, so that the entire structure seems oddly off balance.»

Nicolai Ourossof, no New York Times



Um edifício fértil em epítetos

Aberrante; Anguloso; Autónomo; Caleidoscópico; Calhau; Centro-de-mesa; Coeso; Criativo; Desumano; Dissonante; Distorcido; Ecléctico; Emocionante; Equilibrado; Esculpido; Excitante; Exibicionista; Fantástico; Frontal; Icónico; Incatalogável; Inovador; Insólito; Irregular; Labiríntico; Magnífico; Meteórico; Monstruoso; Musical; Opaco; Original; Paradigmático; Pastel; Poligonal; Provocador; Racional; Rasgado; Urbano; Utópico; Sequencial; Simbólico; Sólido; Talhado; Teatral; Titanic; Transparente...
_____________________________


Adenda
O slogan «primeiro entranha-se, depois estranha-se» que segundo a revista Arquitectura e Vida é atribuído por Mário Laginha a Alexandre O'Neill, é afinal de Fernando Pessoa.
A correcção, que está nos comentários, veio do teclado do João Mãos de Tesoura, a quem agradeço.