Mostrar mensagens com a etiqueta Jardins. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Jardins. Mostrar todas as mensagens

05 agosto 2014

Homenagem à vida de uma árvore

O cenário é o do verdejante Jardim das Virtudes, num vale encaixado na encosta do Douro por onde correu outrora livremente o rio Frio. Num socalco está um Ginkgo com mais de duzentos anos e trinta e cinco metros de altura, a maior árvore desta espécie existente em Portugal e uma das maiores da Europa. Desfrutando da atmosfera fresca que emana da copa da rainha das Virtudes estão os convidados, sentados de frente para a pequena assistência que se mobiliza para estas questões: Teresa Andresen, arquitecta paisagista e engenheira agrónoma, Isabel Lufinha, da Câmara Municipal do Porto, e o escritor Mário Cláudio.

O evento, denominado Um Objecto e Seus Discursos, tem convidado os portuenses a conhecer os espaços e os tesouros da cidade contados por quem faz as suas histórias. O objecto, neste caso, é um ser vivo de quem Teresa Andersen fala com paixão, ao ponto de elevar a cabeça para a árvore e perguntar-lhe: «Ó Ginkgo, assististe ao Cerco do Porto? Visto o D. Pedro - o meu herói?». E discorre sobre o formato das folhas, parecidas com as das avencas, a resistência da homenageada, de que há registos de indivíduos com milhares de anos e de ter sobrevivido ao bombardeamento de Hiroshima, notando que aquele exemplar, nascido num socalco estreito, deverá ter as raízes penetrando profundamente nas fendas do granito do vale, onde vai buscar alimento. «As árvores no Porto são maiores do que em Lisboa», acrescenta. «Fiquei admirada quando aqui cheguei e verifiquei que também cresciam mais rapidamente».

Mário Cláudio abordou a história do lugar. Lendo excertos do seu romance A Quinta das Virtudes recordou a origem da casa e os seus jardineiros, Pedro Marques Rodrigues, o fundador do horto nos anos quarenta do século XIX, e José Marques Loureiro (1830-1898), que o guindou à liderança dos hortos nacionais e até peninsulares. Por fim, afirmou que deveríamos guardar uma recordação material destes seres notáveis quando morrem, lembrando o jacarandá do Largo do Viriato, «a última árvore que Eugénio de Andrade viu florir, a partir de uma janela do Hospital de Santo António», lamentando que dela não exista nenhuma memória palpável.

No Porto não há muitos indivíduos desta espécie ornamental mas, mesmo assim, há poucos anos foram plantados alguns exemplares nas ruas Cândido dos Reis, Galeria de Paris e Santa Teresa, e na parte nascente da Avenida da Boavista, diante do Hospital Militar, que dão cor à ruas da cidade quando no Outono se vestem de amarelo. Existe ainda um jovem Ginkgo solitário na rua da Alfândega, em frente à Igreja de S. Francisco.

15 fevereiro 2012

10 fevereiro 2012

20 março 2009

O Jardim do Morro



É verdade, foi daqui que no final do Outono do ano passado foi tirada a foto abaixo, numa altura em que o Jardim do Morro, banhado por um sol tímido, estava quase despido para o recolhimento de Inverno.

A resposta ao desafio que propuz era fácil, tão fácil que Martav, no primeiro comentário, apesar de indecisa, acertou em cheio. Certeiros foram ainda Álvaro Mendonça, o Memorioso Funes, que me imaginou a demolir o Hospital de Santo António – se fosse a parte nova, eu alinhava – e alguém que assina R.
A todos os que participaram, mesmo ao Duende, que conseguiu a difícil proeza de ver os Clérigos a partir do Jardim de S. Lázaro, o meu obrigado. Pela minha parte preferia que tivesse havido uma luta mais renhida mas... quem me manda a mim vir para aqui com perguntas de algibeira?

Martav terá que me enviar uma mensagem de correio electrónico, num prazo de 48 horas, indicando a fotografia que pretende e o endereço para onde posso enviá-la. Se não o fizer a foto reverterá a favor do autor da segunda resposta certa.

___________________________

Adenda
Martav escolheu a fotografia com que pretendi ilustrar um poema de Nuno Júdice, A Noite do Porto, aqui publicada em 30 de Junho de 2005. A fotografia vai para Pedrouços, na Maia.

17 novembro 2008

01 janeiro 2008

Quietude



O Jardim do Passeio Alegre encerrado em si, tal como estava no início da tarde de hoje, primeiro dia do ano de 2008.

30 novembro 2005

Todo o esplendor do Outono...







...no jardim da rotunda da Boavista.

24 outubro 2005

Sol de Outono



Já estivemos aqui no Inverno passado observando a igreja da Confraria das Almas do Corpo Santo de Massarelos.



Aproveitemos agora para levantar o olhar e contemplar o Douro, a caminho da imensidão do Atlântico, e a elegante ponte que une os maciços rochosos da Arrábida e do Candal.



As imagens foram captadas hoje nos Jardins do Palácio de Cristal, enquanto a manhã decorria pachorrenta e temperada pelo sol deste início de Outono.

03 junho 2005

Dias de sol

nos jardins do Palácio de Cristal








Referências:

1
«O Palácio de Cristal marcou no Porto a era britânica; a sua influência ríspida, o seu snobismo de colonos cujo espírito às vezes se apura entre o desdém e o fracasso.»
(...)
«Ainda conheci o Palácio de Cristal como o quer ver o Roteiro do Porto, com as naves onde se iam fazer corridas de patins, com um reboar de madeiras que parecia o escalar dos ossos da baleia branca. Era um pouco isso o Palácio: o ventre de um monstro donde se via o mar verde das tílias, onde se expunham rosas em Maio e a pele fumosa da "rainha Cláudia".»
(...)
«O Palácio de Cristal estilhaçou-se para dar lugar ao que se chamou a Calote Esférica, uma espécie de estádio espacial que, de noite, parece uma nave pousada entre o arvoredo, com as vigias iluminadas e tudo.»

Agustina Bessa Luís


2
«No entanto toda a envolvente do palácio permaneceu estonteante, os jardins cobertos de magníficas plantas e sumptuosas árvores; são, ainda hoje, dignas de realce as longas avenidas da entrada decoradas com plátanos e tílias frondosas.»

Porto XXI

27 abril 2005

Cores do pôr-do-sol...



... nas clarabóias da Bolsa ...



... nas fachadas do Infante ...



... e nos plátanos da Cordoaria.

18 fevereiro 2005

Massarelos Alcantilada



Um pormenor da cidade enraizada no desfiladeiro cavado pelo Douro, visto dos jardins do Palácio de Cristal.

A igreja voltada de costas para o rio pertence à Confraria das Almas do Corpo Santo de Massarelos. Fundada em 1394, esta irmandade «possuía grande importância no Porto, desempenhando funções bancárias, comerciais e outras, tendo navios que defendiam a costa quando apareciam piratas argelinos. Em 1741, a esquadrilha da Confraria compunha-se de cinco barcos: "São João da Foz", "Santo António de Lisboa", "São Pedro e São Félix", "Nossa Senhora da Conceição" e "Almas"».

A linha de carros eléctricos da Rua da Restauração, que sobreviveu à decisão de desmantelamento deste tipo de veículos na cidade, está ligada à história da viação pública portuense. Por ali passaram, a partir de 1873, os carros da primeira concessionária de transporte de passageiros e mercadorias, a Companhia Carril Americano do Porto à Foz.

Massarelos, que foi terra de mareantes e, mais tarde, um activo centro fabril e metalúrgico, é hoje parte incontornável da animada noite portuense.

16 fevereiro 2005

Destroços



Observo o modo como tratam as árvores no Parque de Serralves, com cuidado e sensibilidade.

Olho para os jardins do Palácio de Cristal e interrogo-me sobre a razão que levará a Câmara Municipal do Porto, a entregar as árvores do recinto ao cuidado de madeireiros.