O motivo seria outro, mas as razões apresentadas foram as de que o edifício, com a mudança dos hábitos de compra da população, se teria transformado num mercado grossista, tendo deixado a sua função inicial de servir os residentes para ser útil aos comerciantes da indústria de restauração da Boavista. Sendo verdade, não foi razão suficiente para que a derriba avançasse.
O mercado foi projectado em 1949 pelos mesmos autores da Igreja das Antas, Fortunato Leal, Cunha Leão e Morais Soares reunidos na empresa ARS, um grupo composto por arquitectos, pintores e escultores, que deixaria inúmeras obras interessantes à cidade. Viria a ser inaugurado em 1952.
Tem como características marcantes a forma hiperbólica e a intensa iluminação natural, proveniente dos lanternins de vidro que fecham a concha que o cobre. Como se pode observar é um importante exemplar de arquitectura modernista, que faz parte do património da cidade.