31 dezembro 2004
30 dezembro 2004
29 dezembro 2004
28 dezembro 2004
Vento de Março
Dos Lados do Mar Como Pelléas, também o vento de março vem dos lados do mar. Há nele uma aspereza de que sempre gostei: a da fala dos homens que estendem as redes no sol dos varais, a dos frescos de Siena onde também passou um vento frio ao anoitecer - o das escarpas de Alpedrinha, que sempre, sempre, me escapava entre os dedos e deixava nos cabelos um cheiro à matinal luz da resina. O que entrou pela janela esta manhã e me bate na cara traz o aroma das dunas, cheira a barcos, ferrugem, alcatrão. É o vento da Cantareira. Eugénio de Andrade
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Poesia I
27 dezembro 2004
A Cidade Equestre
Porto
A cidade equestre
No rio mergulha
Seus cascos de granito
E sobe
A galope
Encosta arriba
Num salto a prumo
(Lá onde o casario morre)
Upa!
É uma torre
Torre de pedras e nuvem
De pássaros de fogo
De corpo de mulher
Torre de tudo e de quanto
O sonho a palavra o canto
Pode e quer
Luís Veiga Leitão
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