O motivo seria outro, mas as razões apresentadas foram as de que o edifício, com a mudança dos hábitos de compra da população, se teria transformado num mercado grossista, tendo deixado a sua função inicial de servir os residentes para ser útil aos comerciantes da indústria de restauração da Boavista. Sendo verdade, não foi razão suficiente para que a derriba avançasse.
O mercado foi projectado em 1949 pelos mesmos autores da Igreja das Antas, Fortunato Leal, Cunha Leão e Morais Soares reunidos na empresa ARS, um grupo composto por arquitectos, pintores e escultores, que deixaria inúmeras obras interessantes à cidade. Viria a ser inaugurado em 1952.
Tem como características marcantes a forma hiperbólica e a intensa iluminação natural, proveniente dos lanternins de vidro que fecham a concha que o cobre. Como se pode observar é um importante exemplar de arquitectura modernista, que faz parte do património da cidade.
18 comentários:
É um edifício pelo qual nutro uma admiração especial... é impunente e fluido em simultãneo.
Não sabia que era dos mesmo autores da igreja das antas; pensei que esta fosse bem mais antiga (está muito mal conservada).
Parabens pelo post e pelas fotogradias divinais.
Um belo edifício que - espero - seja preservado. Ouvi dizer que necessita de obras a sério. Espero que não sirva de pretexto...
RPS,
creio que o edifício necessita apenas de conservação. Tanto quanto me lembro, foi recuperado há uns 15 anos.
Quando casei fui morar para a Rua Ciríaco Cardoso, a meio da Av. da Boavista, pelo que o mercado que frequentava era o do Bom Sucesso. Foi lá que comprei a melancia, senhora dos meus desejos de grávida da minha filha que nasceu em 1957. Não me parece muito degradado, pelas fotos, que de tão belas..."QUEM O FEIO AMA, BELO O FOTOGRAFA".
Pela mão de minha mãe entrei algumas vezes no mercado do Bom Sucesso, quando era pequeno. Por dentro, não o via há muitos anos.
Nunca o tinha visto tão belo...
vivo no Porto há 34 anos e nunca fui ao Mercado do Bom Sucesso... mea culpa
o meu local de trabalho é muito próximo e estas fotos convenceram-me!
bem hajas, "Cidade Surpreendente", por me inspirares a conhecer a minha cidade
:)
Os meus parabéns! O seu blog é dos mais bem construidos que conheço!
sim, espero que o conservem. Infelizmente nunca lá entrei dentro. Obrigada pelas magníficas fotos!
Tens um olhar 'fotográfico' de imenso sentido estético!! Parabéns! Serás fotógrafo de profissão ou pelo prazer q é divinal?!!
Assim visto, esse mercado parece lindo!
Ñ me lembro de ver 'vendedeiras' de flores!! Só por essa tradição... já vale a pena conservá-lo em melhores condições, se tais são prementes!
saudações
...um suave olhar pelas tuas magnificas fotografias....um beijo da xana
Fotografias luminosas - tal como a arquitectura do edificio. Não lhe deixem chegar o camartelo!
P.S. - obrigado pelas suas simpáticas palavras relativas ao meu blogue.
É uma das raras coisas que não conheço do Porto, ainda que conheça o bairro do Bom Sucesso.
Pela qualidade das fotografias, fiquei a conhecer.
Um abraço. Augusto
Ola, Carlos. Prédio magnifico, muito bom porjeto e a ver pela época wque foi projetado mostrava por parte dos arquitetos, mentes libertas de um certo ortagonismo. Formas que trazem curvas, trazem também o movimento; que percebo bem neste prédio.Está aí mais um prédio que visitarei com certeza em minha visita ao Porto.
Abraços do Brasil e 100% Pt na Copa.
Beatriz
Vivi durante alguns anos bem perto do mercado que fotografaste, na rua Barbosa du Bocage, e talvez por não ter nascido no Porto amei a cidade e observei-lhe as curvas e pregas desde o inicio e desde o início a amei. Adoptei-a ou ela a mim...não sei, mas sei que a amo ...mesmo conhecendo-lhe os defeitos ( e são tantos). E as tuas fotos, que bonitas são!ando a treinar para conseguir essa mestria da lente.
Beijinho, Lis
O edificio é lindo!
É luminoso, é harmonioso, gracioso!
:D
Embora não se possa dizer que seja um portento de beleza, é uma construção que retrata a arquitetura de uma época.
Deixem-no ficar, de preferência, conservando-o.
O que seria das cidades, e das nossas vidas, sem referências?
Abço
Paulo
Em tempo:Parabéns pelo Blog
Este edifício é de formas arrojadas, que marcáram o trabalho do Gabinete "ARS arquitectos", o qual foi uma referência para a Cidade, bem como a Praça D. João I e o seu Palácio Atlântico, o Mercado de Matosinhos, e muitas outras obras, onde o arrojo da imponência de linhas e volumes eram uma constante.
Este gabinete encontrou os seus continuadores, em Faro, com a mesma marca artística "ARS arquitectos", sob direcção e responsabilidade do Arquitecto Francisco da Cunha Leão, cujas obras são de igual arrojo que as do seu pai.
É um gabinete que não morreu, antes sim, adormeceu alguns anos, devido à Guerra do Ultramar, recuperando logo a seguir a sua actividade, tendo-se deslocado para Faro.
ola trablhei muitos anos neste mercado a cortar carne e ainda hoje tenho saudades desses tempos
Enviar um comentário