Foi onde comecei a aprender a nadar. Um banheiro de ar rude e pele tisnada, pescador de profissão, levava uma mão cheia de miúdos no barquito a remos e lançava-nos numa área pejada de algas, com rochas protectoras ao redor e de bóia à cintura lá íamos 'aprendendo' a mantermo-nos à tona, a boiar, a não termos medo daqueles braços frios e viscosos, com um aroma único. Gratas recordações de um mundo enublado e livre. Um mundo mágico.
As andorinhas já se foram embora, Também vou partir! Olhando esse mar que me cativa, Com a promessa de voltar; Quero-me sentir pegado a esse mar, Companheiro na solidão, Que me fez vibrar e sonhar, Que tanto me dá medo como consolo. Que me embalou sendo criança. Com o que brinquei depois. Alimento de algumas ocasiões. Que me arrolhou no amor. Angeiras, Corgo, Torreira, Madalena... Quiçá por ser o meu mar!?
3 comentários:
O final do Verão parece ter qualquer coisa de transcendente,um misticismo...
E essa praia traz-me tantas,tantas,tantas,tantas recordações :)
Foi onde comecei a aprender a nadar.
Um banheiro de ar rude e pele tisnada, pescador de profissão, levava uma mão cheia de miúdos no barquito a remos e lançava-nos numa área pejada de algas, com rochas protectoras ao redor e de bóia à cintura lá íamos 'aprendendo' a mantermo-nos à tona, a boiar, a não termos medo daqueles braços frios e viscosos, com um aroma único.
Gratas recordações de um mundo enublado e livre.
Um mundo mágico.
As andorinhas já se foram embora,
Também vou partir!
Olhando esse mar que me cativa,
Com a promessa de voltar;
Quero-me sentir pegado a esse mar,
Companheiro na solidão,
Que me fez vibrar e sonhar,
Que tanto me dá medo como consolo.
Que me embalou sendo criança.
Com o que brinquei depois.
Alimento de algumas ocasiões.
Que me arrolhou no amor.
Angeiras, Corgo, Torreira, Madalena...
Quiçá por ser o meu mar!?
Aquele abraço
Enviar um comentário