09 abril 2012
Loa ao Porto
Que impulso de dizer-te pátria, Porto: O corpo amuralhado de granito, Cabelo d'água, à névoa, ao vento, exposto, Face esculpida em grito. Braços de ferro, arqueados, desmedidos, Sobre o fluir dos barcos e do barro. E um rumor antigo Na voz das tuas ruas e mercados. Vestes de escuro e enfeitas-te de luzes Antes do Sol perder seu oiro pálido. E das torres com sinos e com cruzes Acenas ao mar largo. Bulícios de cafés (há mais de mil) Entornam-te nas veias graça e fogo. E o lírico torpor dos teus jardins Suspiros e repouso. Que impulso de dizer-te pátria, Porto: Coração, não de Pedro, mas de pedra Com sangue fértil, vinho generoso A gerar alma e terra. António Manuel Couto Viana
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3 comentários:
Do Arrábida Shopping ?
Um abraço.
Do Candal.
Um abraço.
Uma loa lindíssima, assim como a tua foto.
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