30 março 2011

Uma mais-valia para a cidade

Foi no espaço onde existiu o Café Astória, que Pilar Monzon, a afável directora geral do InterContinental Porto Palácio das Cardosas, recebeu um grupo de bloggers para um pequeno-almoço e uma visita guiada àquilo que será o futuro hotel de luxo da Praça da Liberdade.


O novo Café Astória

Do antigo Palácio das Cardosas, como é sabido, só restava a fachada; o interior, que datava do início do século XIX, tinha sido demolido para aí instalar um banco, nos anos 60 do século passado. Apesar disso, uma das opções dos novos ocupantes daquele espaço foi construir o hotel tendo presente a arquitectura neoclássica da frontaria, o que é notório nos pés-direitos dos quartos e também nas “pedras, nos estuques, nas madeiras e nos azulejos”, obras, assinala Pilar, de artesãos da região do Porto. “Queremos que os portuenses frequentem o hotel”, para isso “tê-lo-emos de portas abertas” para a cidade, com o Café Astória, um restaurante e um bar. O hotel deverá abrir antes da noite de S. João.

O Hotel InterContinental representa, na depauperada baixa do Porto, um investimento de 30 milhões de euros, e criará 75 postos de trabalho. Terá 105 quartos e 16 suites. Se tivermos em conta que o grupo a que pertence possui 4 500 hotéis em todo o mundo – dos quais 170 são da InterContinental – e a capacidade de mobilização desta cadeia para o nascente turismo portuense, concluiremos que se trata de uma importante mais-valia para a cidade.

12 março 2011

Um País à Rasca

Pacífica e até festiva, foi como decorreu a manifestação apartidária da Geração à Rasca, convocada para hoje na Praça da Batalha, no Porto, e em mais 10 cidades do país. A praça acabaria por se revelar pequena para conter a multidão que ali afluiu. Os manifestantes desfilaram então pelas ruas de Santa Catarina, Fernandes Tomás e Sá da Bandeira, em direcção à Avenida dos Aliados. Aqui a multidão tinha aumentado, falando-se em 80 mil pessoas presentes.



A participação de tanta gente, de todas as gerações, numa tão grande manifestação, indicia algo que vai muito para além da reclamação de trabalho e de um salário digno – que o Estado não pode nem deve, jamais, garantir. O que está latente é a mudança de regime político, porque este, ao encher o ventre à tripa-forra, há muito que se corrompeu e faliu nas suas obrigações primárias de garantia de funcionamento das instituições nacionais. Venham outros actores, venha OUTRA REPÚBLICA!