13 fevereiro 2010

A Casa da Meia Distância



Para passarmos uma tarde descontraídos
hoje estamos com as mulheres nos quintais.
Ao mesmo céu alvadio há outros quintais contíguos
separados por muros que são pequenos. Há outros casais
nesses jardins pouco arborizados
e os filhos de todos brincam em piscinas azuis
insufláveis.
De pálpebras descidas àquela luz de verão
há quem não encontre o caminho que leva aos quintais
de um outro tempo, há quem preferisse não escutar os
elogios
às rosas, por serem outras, tão bonitas quanto as da
infância.
De pálpebras descidas àquela luz de verão
há quem não encontre caminho nenhum.
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A Casa da Meia Distância é o último livro de Daniel Maia-Pinto Rodrigues, autor de uma obra considerável que inclui poesia, romance e novela. O novo livro, depois da consagração dos dispersos na antologia Dióspiro, é um regresso, um retorno, ao poder das coisas pequenas. Quietas. Simples. Suspensas. A meia distância.

"Como se chama o lugar onde ficaram os nossos sonhos, quando nós tivemos que sair?"

Na foto estão Susana Guimarães, o autor e José Carlos Tinoco, durante a apresentação do livro no bar-café, livraria e galeria de arte Labirintho.

11 fevereiro 2010

O farolim de Felgueiras...

... numa aproximação fotográfica à pintura naturalista.

10 fevereiro 2010

Gondarém



A balaustrada curvilínea, Gilreu - o rochedo - e o horizonte do mar de Gondarém.

09 fevereiro 2010

A Avenida do Brasil ...

... pintada de tons pastel pela luz do dia de ontem.

31 janeiro 2010

O 31 de Janeiro na Cordoaria



A celebração do 31 de Janeiro, integrada no Centenário da República, continuou hoje no Porto. A par das cerimónias de carácter político, que para aqui não interessam, houve quem se manifestasse por Outra República, talvez mais justa e mais séria do que aquela que hoje desfilou pelas passadeiras vermelhas, desta vez mandadas estender a norte.



Os festejos na rua começaram com uma escalada dos Clérigos que, à semelhança da de Raul Caldevilla - o publicitário que promoveu a primeira escalada da torre, em 1917, para anunciar os produtos da moagem Invicta -, deixou os portuenses, ali presentes, de queixo no ar.



Para além da exímia Banda das Forças Armadas, que prendeu a atenção da numerosa assistência, a tarde foi marcada por outras manifestações artísticas de cariz popular.



Do Minho vieram gigantones e cabeçudos...



... o Grupo de Bombos da Casa dos Rapazes, de Viana do Castelo, que atordoou os ares,



dois sorrisos galegos,



integrados na Banda de Gaitas de Santiago de Cardielos,



que primou tanto pela música como pelo trajar...



... e inúmeros acordeonistas que ajudaram à festa. Em simultâneo, no interior do Centro Português de Fotografia, decorria a abertura da exposição Resistência, da Alternativa Republicana à Luta contra a Ditadura (1891-1974) e a Orquestra MIMA interpretava Suite Alentejana, de Luís de Freitas Branco.
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Nota 1Fev2010
Dizem-me, da Banda de Gaitas de Santiago de Cardielos, que, apesar do professor da banda e mais quatro elementos que a integram serem espanhóis, os sorrisos das meninas acima, são portugueses e não galegos. Fica aqui a correcção.