09 fevereiro 2013
Falar bracarense
Os vocábulos «aluquete», «artolas», «morrinhento», «estrugido», «trengo», e expressões como «vender água sem caneco» ou «bom para ir buscar a morte»,
são tão comuns em Braga como no Porto, apesar de o autor do Falar Braguês as atribuir aos bracarenses. Não seremos todos nós, galegos do sul, minhotos?
04 fevereiro 2013
O Porto visto do alto - VII
Em 1951, a propósito da inauguração do Palácio Atlântico, o escultor Barata Feyo (1899-1990), então professor na Escola Superior de Belas-Artes do Porto, enumerou, num pequeno escrito, aquilo que considerava ser o património artístico da Praça D. João I. Referia, então, a decoração do Teatro Rivoli, do escultor Henrique Moreira (1890-1979); os baixos-relevos policromados de João Fragoso (1913-2000) no Café Rialto, que deu lugar a um banco; os frescos alusivos às artes, de Dórdio Gomes (1890-1976) e Guilherme Camarinha (1912-1994), no mesmo café; um «desenho de grandes proporções e precário colorido» que encheu uma das paredes do Rialto, de Abel Salazar (1989-1946) e, por fim, a «cerâmica colorida e requintada» com que Jorge Barradas (1894-1971) decorou a entrada e o pórtico do edifício. Não era pouco para uma praça que nem sequer é grande.
Jorge Barradas foi escolhido para desenvolver aquele trabalho por Artur Cupertino de Miranda (1892-1988), o fundador, nos anos 40, do Banco Português do Atlântico e impulsionador da construção do Palácio Atlântico, onde o banco teve a sua sede, num tempo em que havia poder económico e financeiro na cidade.
As dimensões do Palácio Atlântico impuseram-se de tal modo que acabaram por ditar, em conjunto com a inclinação do terreno, o desenho da parte central da Praça D. João I, com o socalco onde assenta a colunata limitado por dois pedestais - que suportam os corcéis esculpidos mais tarde por João Fragoso - e duas amplas escadarias laterais com dois lanços, formando uma espécie de concha.
Nas imagens vê-se o Palácio Atlântico, com a fachada remodelada, donde desapareceram os azulejos de revestimento criados por Jorge Barradas, e a Praça D. João I despida de gente pelas 18h00 de um dia de Janeiro, hora que há alguns anos seria considerada «de ponta», o que significa que a praça estaria a ser atravessada por milhares de pessoas no vai e vem diário do final de um dia de trabalho.
Jorge Barradas foi escolhido para desenvolver aquele trabalho por Artur Cupertino de Miranda (1892-1988), o fundador, nos anos 40, do Banco Português do Atlântico e impulsionador da construção do Palácio Atlântico, onde o banco teve a sua sede, num tempo em que havia poder económico e financeiro na cidade.
As dimensões do Palácio Atlântico impuseram-se de tal modo que acabaram por ditar, em conjunto com a inclinação do terreno, o desenho da parte central da Praça D. João I, com o socalco onde assenta a colunata limitado por dois pedestais - que suportam os corcéis esculpidos mais tarde por João Fragoso - e duas amplas escadarias laterais com dois lanços, formando uma espécie de concha.
Nas imagens vê-se o Palácio Atlântico, com a fachada remodelada, donde desapareceram os azulejos de revestimento criados por Jorge Barradas, e a Praça D. João I despida de gente pelas 18h00 de um dia de Janeiro, hora que há alguns anos seria considerada «de ponta», o que significa que a praça estaria a ser atravessada por milhares de pessoas no vai e vem diário do final de um dia de trabalho.
25 janeiro 2013
23 janeiro 2013
O Porto visto do alto - VI
Sá da Bandeira teve uma vida longa e bem preenchida. Fidalgo, militar e político viveu num período conturbado do século XIX, prenhe de revoluções, golpes e contra-golpes. A rua que tem o seu nome homenageia este liberal que perdeu o braço direito em combate, durante o Cerco do Porto, no Alto da Bandeira, em Gaia, onde hoje fica a Rua Marquês de Sá da Bandeira e o Largo dos Aviadores.
A Rua de Sá da Bandeira foi aberta em quatro fases. A primeira para ligar a actual Praça da Liberdade à Rua do Bonjardim, em 1842. Em 1879 foi aberto o troço até à Rua Formosa, e só em 1911 chegou à Rua de Fernandes Tomás. A ligação à Rua de Gonçalo Cristóvão só ocorreu nos anos 40 do século passado.
A imagem mostra-nos o cruzamento da Rua de Sá da Bandeira, no Porto, com a Rua de Passos Manuel. Como curiosidade diga-se que Passos Manuel, outro reformador, foi ministro de um dos cinco governos formados por Sá da Bandeira entre 1836 e 1870.
A Rua de Sá da Bandeira foi aberta em quatro fases. A primeira para ligar a actual Praça da Liberdade à Rua do Bonjardim, em 1842. Em 1879 foi aberto o troço até à Rua Formosa, e só em 1911 chegou à Rua de Fernandes Tomás. A ligação à Rua de Gonçalo Cristóvão só ocorreu nos anos 40 do século passado.
A imagem mostra-nos o cruzamento da Rua de Sá da Bandeira, no Porto, com a Rua de Passos Manuel. Como curiosidade diga-se que Passos Manuel, outro reformador, foi ministro de um dos cinco governos formados por Sá da Bandeira entre 1836 e 1870.
21 janeiro 2013
O Porto visto do alto - V
Curiosamente esta é uma das ruas do Porto que nunca mudou de nome. Recebeu o de Passos Manuel, figura proeminente do início da monarquia constitucional, em Abril de 1877. A primeira parte da rua, entre Sá da Bandeira e Santa Catarina, foi aberta
em terrenos doados à cidade por D. Antónia Ferreira, a Ferreirinha. Mais tarde, a rua foi prolongada até à Praça dos Poveiros. Na imagem destaca-se, emergindo do casario para o céu, a torre do Coliseu, inaugurado em 1941.
17 janeiro 2013
O Porto visto do alto - IV
Para além da vista do conjunto de alguns edifícios que caracterizam o centro do Porto esta imagem apresenta-nos uma curiosidade que é menos perceptível ao nível do solo: o traçado que a longa rua do Bonjardim tinha antes das demolições dos anos 40, que deram origem à Praça D. João I. A feliz ideia foi dos arquitectos que renovaram aquela praça em 2001, quando o Porto foi Capital Europeia da Cultura. Daqui para cima a rua continua estreita e tortuosa, seguindo a trajectória secular da estrada que ligava o Porto medieval à cidade de Guimarães.
03 janeiro 2013
Igreja de Santa Clara
A exuberância da encenação barroca (séc. XVIII) sobre uma estrutura gótica (séc. XV).
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