30 junho 2013
Manifesto pela Feira do Livro do Porto
«A relação entre os escritores e os leitores não se move ao gosto dos interesses de grupos, sejam eles económicos ou políticos. Move-nos o apreço, a cordialidade, a cumplicidade e o profundo respeito, valores que não podem ficar reféns de manobras palacianas, conveniências políticas ou intrigas mesquinhas. O encontro entre aqueles que escrevem e aqueles que lêem não pode, por isso, estar dependente de decisões administrativas arbitrárias. Ninguém tem o direito, por acção ou omissão, de impedir ou impossibilitar a realização daquele que é um dos mais importantes eventos culturais da cidade do Porto e do Norte de Portugal.
A Feira do Livro do Porto não se realiza este ano e não importa já discutir se a responsabilidade maior cabe à Câmara Municipal do Porto ou à Associação Portuguesa de Escritores e Livreiros, ou qual das instituições teve mais, menos ou nenhuma vontade de organizar o certame. Os leitores e os escritores foram privados da sua grande festa anual ao fim de 82 anos de história, facto que apenas pode ser entendido como um gesto de total desrespeito por aqueles que lhe deram corpo.
Os escritores signatários querem, assim, manifestar o seu repúdio pela não realização da 83ª edição da Feira do Livro do Porto. Para além de um ataque à vida cultural portuense, a decisão constitui uma afronta à cidadania e aos milhares de visitantes que todos os anos encontravam na Feira do Livro um espaço de convívio, lazer, partilha e cultura. Os signatários exigem ainda dos responsáveis políticos e corporativos a devolução da Feira do Livro à cidade do Porto, apelando à população e a todos os que, pelo silêncio, não querem ser cúmplices deste esbulho e confisco cultural a juntarem vozes e vontades para que a literatura regresse às ruas e praças do Porto. Queremos que os livros, os leitores e os escritores voltem a ser celebrados, como até aqui.
Ainda assim, e porque aquilo que nos move é apenas o irrepetível momento de comunhão que a literatura proporciona, estamos outra vez na Avenida dos Aliados. De várias formas e, sobretudo, com aquela que é a nossa única arma: a palavra.»
25 junho 2013
23 junho 2013
27 maio 2013
13 abril 2013
10 abril 2013
06 abril 2013
A estátua que personifica o Porto regressou ao local de origem
A escultura em granito que personifica o Porto regressou à antiga Praça Nova, actual Praça da Liberdade. A estátua, que criou polémica por estar no Terreiro da Sé de costas para a cidade, passou anos de desassossego antes de regressar à praça que a viu nascer. Esteve ao lado do Paço Episcopal, onde funcionou a Câmara; passou para junto da muralha medieval, onde se encontra a figura em bronze de Arnaldo Gama, e mais tarde mudou para os Jardins do Palácio de Cristal. Daí saltou para o Terreiro da Sé, aquando da reconstrução do edifício conhecido como Casa dos 24.
Esculpida em 1818 pelo mestre pedreiro João Silva, segundo a ideia do escultor João de Sousa Alão, a figura do guerreiro equipado com uma lança, um escudo e um elmo encimado por um dragão, esteve quase cem anos no alto do antigo edifício dos Paços do Conselho, que foi demolido para abertura da Avenida dos Aliados.
Ler também: Arquitectos e a família de Fernando Távora chocados com a saída da estátua da Sé, no Porto24.
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05 abril 2013
Os 250 anos da Torre dos Clérigos numa moeda de dois euros
Com o objetivo de eternizar a data em que a Torre dos Clérigos celebra 250 anos, a Casa da Moeda vai emitir, em Junho, uma moeda comemorativa de dois euros com o célebre símbolo da cidade.
A ler em Jornalismo Porto Net.
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