Obrigado ao Quartzo Feldspato e Mica, ao Portuense e ao Hotel Sossego pelas estimulantes referências a este blogue. O meu agradecimento é extensivo ao Atrium e ao Indústrias Culturais que, a seu tempo, já tinham aludido à Cidade Surpreendente.
17 março 2005
15 março 2005
O Rosto da Cidade
Harmonia 1 - o centro histórico.
Harmonia 2 - o Cabedelo e o Jardim do Passeio Alegre, onde o Douro se esvai no mar.
Caos - a Cantareira.
14 março 2005
Camões e a Menina
À direita, Camões no cunhal da Livraria Latina. Do outro lado da rua, na esquina de Santa Catarina com a 31 de Janeiro, a menina, da antiga ourivesaria Reis & Filhos, para quem o poeta olha. O que lhe dirá Camões?
Vós que, de olhos suaves e serenos,
Com justa causa a vida cativais,
E que os outros cuidados condenais
Por indevidos, baixos e pequenos;
Se ainda do Amor domésticos venenos
Nunca provastes, quero que saibais
Que é tanto mais o amor despois que amais,
Quanto são mais as causas de ser menos.
E não cuide ninguém que algum defeito,
Quando na cousa amada se apresenta,
Possa deminuir o amor perfeito;
Antes o dobra mais; e se atormenta,
Pouco e pouco o desculpa o brando peito;
Que Amor com seus contrairos se acrescenta.
Luís Vaz de Camões
11 março 2005
Sol de Inverno # 5
Fim de tarde no Muro dos Bacalhoeiros; uma rua estreita, voltada para o rio, assente num pano da velha muralha fernandina.
08 março 2005
Não nasci por acaso nestas pedras...
Poema
(O Eugénio de Andrade espera-me num Café. Atravesso as ruas do Porto - a cidade onde nasci - com os punhos cerrados de dor.)
Não nasci por acaso nestas pedras
mas para aprender dureza,
lume excedido,
coragem de mãos lúcidas.
Aqui no avesso da construção dos tempos
a palavra liberdade
é menos secreta.
Anda nos olhos da rua,
pega lanças aos gestos,
tira punhais das lágrimas,
conclui as manhãs.
E principalmente
não cheira a museu azedo
ou musgo embalado
pela chuva da boca dos mortos.
Começa nos cabelos das crianças
para me sentir mais nascido nestas pedras.
Porto
- cidade de luz de granito.
Tristeza de luz viril
com punhos de grito.
José Gomes Ferreira
Antes a Pronúncia do Norte # 2
... ou o linguajar mediático.
«"Atão" acha que lhe posso perguntar...»
«A "prepósito" dos "Estadojunidos"...»
«...Nuno, tenho "quir" um pouco "pá" frente...»
«"Atão" acha que lhe posso perguntar...»
«A "prepósito" dos "Estadojunidos"...»
«...Nuno, tenho "quir" um pouco "pá" frente...»
Maria João Avilez em entrevista a Nuno Rogeiro, no programa «Outras Conversas» SIC Notícias, 6 Mar 2005
Antes a Pronúncia do Norte # 1
... ou o linguajar mediático.
«Este "pugrama" tem o patrocínio do Crédito Habitação MG - Montepio Geral»
«Este "pugrama" tem o patrocínio do Crédito Habitação MG - Montepio Geral»
Anúncio na TV
04 março 2005
A Oficina que Virou Museu
Há quase dois anos a CP abriu ao público um espaço museológico em Lousado, Famalicão, que permanece pouco divulgado.
Ali se conta, de uma forma muito interessante, a história do caminho-de-ferro de via estreita à volta do Porto.
O museu está instalado nas antigas oficinas do Caminho-de-Ferro de Guimarães (1883-1927), que constituem hoje um ícone a considerar no âmbito da arqueologia industrial portuguesa.
O acervo ali exposto inclui quatro locomotivas a vapor, que encabeçam outros tantos comboios formados por tipologia, representando oito companhias ferroviárias.
Está lá também a mais antiga locomotiva de via estreita em Portugal, construída em Inglaterra em 1874, que convive com a carruagem posto-médico, onde se homenageia Egas Moniz, médico ferroviário, galardoado com o Nobel da Medicina em 1949.
Se a história do país nos últimos 150 anos não se escreve sem a presença do
caminho-de-ferro, o museu da CP, mesmo junto à estação de Lousado, é um espaço a não perder.
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