18 dezembro 2010

Ponte da Arrábida candidata a monumento nacional



Um projecto para a construção de um edifício de grandes dimensões na envolvente da Ponte da Arrábida, está na origem da decisão da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto apoiar a candidatura da ponte a monumento nacional. A intenção é proteger aquela elegante estrutura, que irá completar 50 anos em 2013, do impacto visual do prédio projectado.

Veja aqui a manifestação de apoio da FEUP e aqui um abaixo-assinado com as razões invocadas para a classificação.

17 dezembro 2010

Dias de sol



Teatro do Campo Alegre

13 dezembro 2010

Gaia e o Porto



A mesma unidade urbana.

03 dezembro 2010

Há algo podre no vale do Tua

«Daniel Conde, no Diário de Notícias (via A Baixa do Porto):

"Há algo de podre no vale do Tua, e não é o fantasma do futuro a trazer um travo a esgoto das águas eutrofizadas da albufeira do Tua.
Há algo de errado quando um Estudo de Impacto Ambiental e um Relatório de Conformidade Ambiental de Projecto de Execução (RECAPE) afirmam numa base científica que a barragem vai ser desastrosa a nível regional e insignificante a nível nacional, mas a barragem avança.
Há algo de errado quando a Linha do Tua tem vindo a ser abandonada ou mesmo mencionada no caso Face Oculta, mas a culpa da má manutenção da via e estações é atirada como que para os próprios utentes que a utilizam. Há algo de muito errado quando um consultor da UNESCO afirma deslumbrado que a Linha do Tua tem todas as condições para ser considerada Património da Humanidade, reiterando o que disse o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Ifespar) sobre o seu valor patrimonial único, mas depois os ministérios do ambiente e da cultura (e depois o próprio Igespar) concluem que nem o vale nem a Linha do Tua têm valor patrimonial ou ambiental algum, arquivando com uma celeridade desconcertante o processo de classificação desta como Património Nacional.


Algo não está bem quando os comboios da Linha do Tua ficam sobrelotados de turistas, quando o Plano Estratégico Nacional de Turismo e o Plano Regional de Ordenamento do Território do Norte prevêem maravilhas turísticas para esta região, e quando um projecto de turismo ferroviário para a Linha do Tua fica em terceiro lugar num concurso nacional de empreendedorismo, e a CP e a Refer fecham as portas à sua exploração turística.
Algo de muito errado se passa quando com um projecto ferroviário de baixo custo se poria um madrileno em Bragança em duas horas, e nos debates havidos em Trás-os-Montes sobre desenvolvimento ninguém diz uma palavra sobre caminhos-de-ferro.
Muito mal vai o estado da Democracia quando a voz de 18 mil peticionantes contra a construção da barragem do Tua e a favor da reabertura, modernização e prolongamento da Linha do Tua, defendendo inclusivamente métodos alternativos mais baratos e mais eficientes de produção e poupança de energia, não é ouvida ou não é suficiente para calar a de meia dúzia de indivíduos mal intencionados e de carácter duvidoso.
A lista de incongruências, atropelos, e laivos de actividades amplamente contempladas no Código Penal avoluma-se. Vagas de estudos científicos e pareceres de especialistas - de entre os quais UNESCO e Comissão Europeia - que apontam um severo dedo à barragem do Tua e coroam de louros o vale e a Linha do Tua, esboroam-se com um rumor de espuma do mar contra sabe-se lá que perigosos rochedos e contracorrentes.
Chegados a este ponto é lícito perguntar: em que mundos vive o Ministério Público e a PJ, ou será que o vale e a Linha do Tua é que já não pertencem a este mundo? Tudo isto existe, tudo isto é triste, tudo isto fede...»