08 julho 2005
Dois ceramistas plastificados
Houve dois industriais de cerâmica chamados Francisco da Rocha Soares, o pai, regressado do Brasil com avultados capitais e herdeiro da Fábrica de Miragaia, e o filho, um activo empresário que desenvolveu e dirigiu várias fábricas de cerâmica no Porto. Rocha Soares Filho criou ainda uma rede de entrepostos comerciais em Lisboa, em Setúbal, no Funchal e em Luanda. Idealista, deitaria tudo a perder ao envolver-se nas lutas entre liberais e absolutistas, como militante activo da causa liberal. É portanto justa a homenagem do município ao evocar este nome naquela rua - apesar do lamentável desaparecimento do belo e evocativo topónimo Cordoaria Velha.
Lamentável é também a recente febre normativa - como se o Porto fosse a Disneylândia - das placas toponímicas da cidade, cuja expressão máxima se encontra aqui: o nome dos industriais de cerâmica, inscrito em azulejos, ocultado por uma placa de... plástico.
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18 comentários:
Conheces o ditado...QUEM TE MANDA ATI SAPATEIRO TOCAR RABECÃO? pois é, entregam tarefas destas a quem não sabe...abraço, th
O assassínio tem diversas formas. Esta é uma delas. Não verte sange, mas brota ignorância e despautério...
As placas toponímicas do Porto foram encomendas a um arquitecto Portuense, cujo nome e trabalhos realizados não me lembro.
Mas a colocaão das mesmas, sei que depende da camara e dos funcionários!...
É triste, ver algo novo, feito com dedicação (não comento se estão bem ou mal desenhadas) ser colocado às três pancadas!
Quanto a serem de plástico...não conheço os convenientes.
Mas a durabilidade...hum...não sei!
Detesto estas novas placas dos nomes das ruas da nossa cidade... Entendo perfeitamente q sejam em verde (a cor da cidade) mas as letras são mto pequeninas...
Abraço grande da Zona Franca e vai produzindo q tivemos saudades tuas...
O design das placas já por si não é grande espingarda.. Agora, em plástico, ficam uma bela cagada! E o Rio ainda se vangloria por elas... É isto que a cidade vale??
AIIIIII! que esta gente não percebeu nada...th
b
o
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f
i
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d
e
s
e
m
a
n
a com placas a favor da serenidade.
Caro Carlos Romão,
Gostava de lhe fazer uma pergunta acerca das suas belas e maravilhosas fotografias digitais sobre a nossa cidade do Porto.
Em todas elas, pelo que tenho visto, coloca a sua assinatura.
Pode, por favor, dizer-me como é que faz isso, pois que eu gostaria também de assinar as minhas próprias fotos digitais?
Agradeço a atenção que possa dispensar a este assunto.
Aceite os melhores cumprimentos e um abraço do
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José Augusto Macedo do Couto
Rua de Moçambique, 405-A, Hab. 3-G
ALDOAR
4100-349 PORTO
PORTUGAL
P.S.: enviei este pedido de informação para o Email carlosromao@aeiou.pt, mas veio devolvido, razão pela qual utilizei agora esta caixa de comentários
em relação às placas tenho uma reclamação: com letras gigantes daquelas, ocupam imenso espaço, por favor diminuam um bocadinho mais as letras!
Sobre as plcas, não podia estar mais de acordo. Bonitas. Mas inútes, porque pequenas e ilegíveis.
Aliás, já o escrevi há um par de meses em http://criticocritico.blogspot.com/2005/05/placas.html
Não é bom, mas em Barcelona temos os mesmos problemas... É que os políticos são burros en todas partes?
Não esqueça de mostrar mais fotografias da sua cidade! Brevemente poderei perder-me, esta vez no sentido figurado espero, pelas ruas do Porto.
Salut desde Barcelona.
Só um pormenor, as placas não são de plástico, mas de metal (pareceu-me ferro)
As placas são bonitas, mas isso não é relevante por uma única razão: lêm-se mal. Falham, assim, o primeiro objectivo, o objectivo que é essencial numa placa toponímica. Má opção.
Ora realmente...
Aqui a pensar...
As placas parecem mesmo saidas da Disneylandia!
E realmente, o principal objectivo, depois de tantas críticas, parece realmente falhado.
Nunca tinha pensado nisso porqu conhecia as ruas!...
E tenho dito!
È simplesmente ridículo. Infelizmente, começo a habituar-me à prática cá no Porto de mexer no que está bem e deixar o que está mal.
Tinhamos placas todas diferentes, cada uma mais interessante do que a outra, de épocas diferentes, feitas de materiais diferentes, isto é, tinhamos placas com algum interesse do ponto artistico, estético e cultural. Agora resolveram que as placas tinham de ser todas iguais. Que "ideia de jerico"! Gostava de saber qual o ser humano que teve a brilhante ideia de "E que tal as placas serem todas iguais? Era giro!".
Será que não foi algum fabricante de plasticos que estava a ver o seu negócio afundar quem teve esta brilhante ideia? Não sei, mas que a ideia é estúpida é.
José Augusto Macedo do Couto:
Reenvie-me o seu e-mail que terei muito gosto em responder-lhe.
Caro Carlos Romão,
Então ele aqui vai
jamcouto1@mac.com
Obrigado e um abraço do
José Augusto Macedo do Couto
Porto
Plástico a anunciar o nome das ruas posto em cima de azulejo que dizia o mesmo! Incompetência levada ao extremo. Ainda por cima em nome de rua de industrial de cerâmica. Se ainda fosse industrial de plásticos. Depois queixam-se do deficit do Orçamento. Deviam queixar-se de deficit de bom senso...
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