06 março 2014
Nasci adulta, morrerei criança.
Agustina Bessa Luís afirmou um dia que a «velhice é repugnante» porque «tudo na velhice é transformado num desejo apático e sobretudo numa enorme melancolia». Talvez assim se entenda melhor o título deste filme biográfico, «Nasci adulta, morrerei criança», uma frase sua publicada em «O Cão que Sonha», que a escritora viria a explicar numa entrevista a Anabela Mota Ribeiro, em 2002: «A inocência, a verdadeira inocência, é cheia de sabedoria. O que encontramos nas crianças é justamente isso. Agora, há muitas crianças que, ainda muito novas, são integradas no seu meio cultural e que imediatamente ficam travadas. Perdem a inocência e transformam-se no adulto ideal. (...) Conservo esse lado infantil. Espero que se torne mais agudo e que passe a morrer criança».
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2 comentários:
Assisti a esse programa.
Aliás, poressa altura, ia várias vezes a casa da Agustina.
De cada vez que se proporcionava fazer uma fotografia, ela escolhia um sítio sempre diferente e nunca repetiu uma peça de roupa !
Uma memória prodigiosa em todos os aspectos.
Citava frases inteiras de tantos escritores, pensadores e filósofos...
Um abraço Carlos Romão.
Um abraço, João Menéres.
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