De todas as vezes que morre um poeta há
um raio de sol a menos nas arestas da manhã.
O mundo envelhece um pouco: os poetas
nunca têm o tempo das suas articulações, mas
somente a idade de quando são crianças.
Se escrevem, é por não serem já capazes
de correr atrás de uma bola, de um papagaio
de papel. Depois vão embora tristes
de não poderem, outra vez, caçar a esquiva
borboleta das palavras.
Por M. J. Marmelo
(daqui: https://teatro-anatomico.blogspot.com)
21 março 2021
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2 comentários:
Essa borboleta que não para de voar, incansável!
Grande abraço
Grande abraço, Duarte.
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