06 janeiro 2014
05 janeiro 2014
03 janeiro 2014
Circuitos não turísticos no Porto
Foi em Novembro passado a que BBC se interessou pelos efeitos que a política de austeridade está a causar no quotidiano dos habitantes do Porto. Agora voltou à carga, e à conversa, com Gui Castro Felga, da Worst Tours, a empresa de três arquitectos desempregados, que se propõe guiar os visitantes da cidade por percursos não convencionais. A ver aqui: Tour guides in Portugal show off austerity hit city.
31 dezembro 2013
Camélias de Villar d'Allen
Foram colhidas hoje, pela manhã. São quatro das primeiras camélias que floresceram neste Inverno em Villar d'Allen. Lá para Fevereiro a floração das japoneiras estará no auge, concedendo um encanto especial à Quinta e, ao mesmo tempo, perpetuando a centenária tradição portuense de culto destas belas flores oriundas da Ásia. Aqui, servem de mote para desejar aos visitantes d'A Cidade Surpreendente um Bom Ano Novo.
30 dezembro 2013
28 dezembro 2013
Da origem do cimbalino
«Em 1956 a boa fama profissional da oficina de Manuel Ferraz levou a que fosse escolhida para agente da marca La Cimbali, moderna máquina italiana de tirar cafés. Porfírio foi a Itália fazer uma especialização para poder reparar as novas máquinas, cuja primeira foi montada no Café Central, em Anadia. Seguiu-se a montagem de máquinas nos cafés Águia d'Ouro, Palladium, Âncora dOuro, Tropical, Brasileira e Confeitaria Lobito (Largo do Padrão) no Porto, e nos cafés Sport e Pátria, em Matosinhos.» A ler nos Cadernos da Libânia.
24 dezembro 2013
22 dezembro 2013
13 dezembro 2013
12 dezembro 2013
A Pátria Dentro da Pátria
«Nasci no Porto. A cidade, os seus arredores, as praias próximas, descendo para o Sul, permanecem para mim a pátria dentro da pátria, a Terra materna, o lugar primordial que me funda.
Ali estão as tílias enormes, as manhãs de nevoeiro, as praias saturadas de maresia, os rochedos cobertos de algas e anémonas, as Primaveras botticellianas, os plátanos, a cerejeira, as camélias.
Ali o rio, as casas em cascata, os barcos deslizando rente à rua nas tardes cor de frio do Inverno.
Ali o cais, a Ribeira, os rostos, as vozes, os gritos, os gestos.
Uma beleza funda, grave, rude e rouca. Escadas, arcadas, ruelas abrindo para o labirinto do fundo do mar da cidade. E, aqui e além, um rosto emergindo do fundo do mar da vida.
Porque ali é a cidade onde pela primeira vez encontrei os rostos de silêncio e de paciência cuja interrogação permanece.
Porque ali é o lugar onde para mim começam todos os maravilhamentos e todas as angústias.
Cidade onde sonhei as cidades distantes, cidade que habitei e percorri na ilimitada disponibilidade interior da adolescência.
Descia pelo Campo Alegre, passava a Igreja de Lordelo, seguia entre muros de jardins fechados.
Através das grades de ferro dos portões viam-se rododendros, buxos, cameleiras.
Depois surgia um rio e ao longo do rio eu caminhava sobre os cais de pedra, até à barra, até aos rochedos onde se espraiam as ondas.
Histórias de naufrágios, de barcos perdidos, de navios encalhados. Por isso nas noites de temporal se rezava pelos pescadores. Ouvia-se ao longe o tumulto do mar onde navegavam os pequenos barcos da Aguda tentando chegar à praia. Quando a trovoada estava próxima, a luz apagava-se. Então se acendiam velas e se rezava a Magnífica. [...]
Porque nasci no Porto sei o nome das flores e das árvores e não escapo a um certo bairrismo. Mas escapei ao provincianismo da capital.»
Sophia de Mello Breyner Andresen
Ali estão as tílias enormes, as manhãs de nevoeiro, as praias saturadas de maresia, os rochedos cobertos de algas e anémonas, as Primaveras botticellianas, os plátanos, a cerejeira, as camélias.
Ali o rio, as casas em cascata, os barcos deslizando rente à rua nas tardes cor de frio do Inverno.
Ali o cais, a Ribeira, os rostos, as vozes, os gritos, os gestos.
Uma beleza funda, grave, rude e rouca. Escadas, arcadas, ruelas abrindo para o labirinto do fundo do mar da cidade. E, aqui e além, um rosto emergindo do fundo do mar da vida.
Porque ali é a cidade onde pela primeira vez encontrei os rostos de silêncio e de paciência cuja interrogação permanece.
Porque ali é o lugar onde para mim começam todos os maravilhamentos e todas as angústias.
Cidade onde sonhei as cidades distantes, cidade que habitei e percorri na ilimitada disponibilidade interior da adolescência.
Descia pelo Campo Alegre, passava a Igreja de Lordelo, seguia entre muros de jardins fechados.
Através das grades de ferro dos portões viam-se rododendros, buxos, cameleiras.
Depois surgia um rio e ao longo do rio eu caminhava sobre os cais de pedra, até à barra, até aos rochedos onde se espraiam as ondas.
Histórias de naufrágios, de barcos perdidos, de navios encalhados. Por isso nas noites de temporal se rezava pelos pescadores. Ouvia-se ao longe o tumulto do mar onde navegavam os pequenos barcos da Aguda tentando chegar à praia. Quando a trovoada estava próxima, a luz apagava-se. Então se acendiam velas e se rezava a Magnífica. [...]
Porque nasci no Porto sei o nome das flores e das árvores e não escapo a um certo bairrismo. Mas escapei ao provincianismo da capital.»
Sophia de Mello Breyner Andresen
11 dezembro 2013
25 novembro 2013
28 outubro 2013
22 outubro 2013
Novos ventos para o Porto
21 outubro 2013
Um funicular para turistas?
Um pouco das origens do funicular dos Guindais, o seu percurso recente e a visão mercantilista que a Metro do Porto tem dos transportes públicos, estão nesta notícia do Porto24. Ébria com o número de passageiros transportados, a empresa acabou com o Andante azul e passou a cobrar 2,00 euros por viagem no elevador. Os STCP adoptaram o mesmo critério redutor para os nossos velhinhos e encantadores eléctricos.
Fica a pergunta: os transportes públicos são para os habitantes da cidade ou para os turistas, enquanto residentes eventuais? Se a cidade for um local bom para os seus habitantes será, com certeza, acolhedora para os turistas. O contrário, a cidade pensada para os turistas, terá tendência a expulsar, ainda mais, os seus habitantes.
Fica a pergunta: os transportes públicos são para os habitantes da cidade ou para os turistas, enquanto residentes eventuais? Se a cidade for um local bom para os seus habitantes será, com certeza, acolhedora para os turistas. O contrário, a cidade pensada para os turistas, terá tendência a expulsar, ainda mais, os seus habitantes.
19 outubro 2013
17 outubro 2013
Nostalgia sobre rodas
09 outubro 2013
O Mercado de Matosinhos
Foi após a construção do Mercado Municipal de Matosinhos que a Câmara do Porto encomendou à empresa ARS - Arquitectos «um edifício que marque a sua época e o seu fim», a ser construído na zona oeste da cidade. Nasceu assim o mercado do Bom Sucesso. Conhecemos o seu triste fim. A classificação de Imóvel de Interesse Público de pouco valeu. Aquilo que o Bom Sucesso tinha de melhor, a luminosa abóboda hiperbólica, foi ofuscado pela iniciativa do presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio, ao privatizar o edifício e permitir a construção, no interior do mercado, de um hotel e de uma fundação, a par de um centro comercial. Ficou assim definitivamente (?) desvirtuado aquele exemplar único da arquitectura moderna portuguesa, edificado no início dos anos 50 do século passado.
O Mercado Municipal de Matosinhos, parente do Bom Sucesso, por ter sido projectado pelos mesmos arquitectos e construído na mesma época, teve, porém, melhor sorte, ao ter sido reabilitado em 2009. Em 2012, a Câmara de Matosinhos comemorou os 60 anos daquela estrutura, considerando-a «uma peça arquitectónica fabulosa e única no mundo», por não haver nenhuma com aquela amplitude e tal grandeza. O mercado, como se vê na imagem, mantém as funções para que foi projectado e construído, permitindo o usufruto do seu belo espaço por quem vive nesta região.
02 outubro 2013
01 outubro 2013
30 setembro 2013
27 setembro 2013
Candidatos à CMP
Candidatos à CMP
Candidatos à CMP
Candidatos à CMP
17 setembro 2013
Candidatos à CMP
Rui Moreira
Instado a pronunciar-se sobre o seu pensamento ideológico, perante o apoio do CDS à sua candidatura, Rui Moreira define-se como claramente de esquerda, do ponto de vista das preocupações sociais, enquanto no que toca as funções do Estado será provavelmente uma pessoa de direita. Seja lá o que isto quer dizer, Rui Moreira capitaliza a defesa pública dos interesses da cidade e da região ao longo dos últimos anos, quando outras vozes, que tinham a obrigação de o fazer, como a do seu apoiante Rui Rio, acordaram tardiamente para esta questão. «Se tivéssemos no Porto o envelope financeiro do Estado que permitiu fazer a Expo ou que agora vai permitir transferir os contentores de Lisboa para a Trafaria para libertar a frente urbana ribeirinha de Lisboa, teríamos metade dos problemas de reabilitação urbana resolvidos», afirma. Se for eleito, terá como prioridades a criação de um fundo de emergência e solidariedade social, a reestruturação dos serviços camarários e a reabilitação urbana. A ler no Porto24.Candidatos à CMP
Nuno Cardoso
Nuno Cardoso, candidato independente e ex-presidente da Câmara do Porto diz estar na corrida eleitoral por ter sido instado pelos portuenses a fazê-lo. Perante a questão incómoda de concorrer para dividir os votos do Partido Socialista, o que beneficiaria Luís Filipe Menezes, Nuno Cardoso responde que os votos não são dos partidos, que está num projecto sério para renovar a democracia e servir o Porto. Sustenta que poderia ser o candidato de um partido mas que isso não o motivaria; que foi sondado pelo PS mas que nunca aceitaria integrar a lista de Manuel Pizarro porque só admite ser liderado por alguém superior a ele. Nuno Cardoso responde ainda a três perguntas em que Rui Veloso o interroga sobre as hipóteses que terá de vencer as eleições, que avaliação faz sobre «o califado de Rio» e que propostas fracturantes tem para a cidade. A ler no Porto24.
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