22 março 2006
A Outra Face da Cidade Surpreendente
Não raras vezes me têm perguntado se o Porto é, ou não, tal como tem sido mostrado neste blogue. Se respondesse com o velho ditado que diz «quem o feio ama, bonito lhe parece», como já me foi sugerido, mentiria, não por a cidade me desgostar, mas porque ela é realmente interessante, bonita e surpreendente.
A cidade de granito, a que foi sendo construída até à primeira metade do século XX, adaptando-se pacientemente ao relevo físico da parte final do vale do Douro, constitui um conjunto urbano admirável. É essa parte do Porto que tem sido mostrada aqui, ignorando, de algum modo, a desertificação que a urbe tem conhecido de há trinta anos para cá.
O declínio, contudo, não lhe tem beliscado a respeitabilidade. A dignidade da decadência da cidade de granito está representada naquele pobre batente sem serventia, que resiste à passagem do tempo na porta de uma casa abandonada e que assinala, aqui, a entrada para algo que devia a mim próprio há algum tempo, a abordagem fotográfica à outra face da cidade surpreendente.
16 março 2006
Vai no Batalha
A expressão popular portuense «vai no Batalha» - que significa «não acredito» - poderia servir de divisa à saga por que passou aquela sala de espectáculos, da fundação ao encerramento no Verão de 2000.
Nesse ano, o Cinema Batalha tinha uma média de dois ou três espectadores por sessão. A administradora da empresa Neves & Pascaud, proprietária do imóvel, queixava-se, então, das receitas que não davam «nem para pagar a luz», e lembrava que a última enchente tinha acontecido dois anos antes com o Titanic. Um momento que talvez tenha sido doloroso para Margarida Neves, cuja família detém uma longa tradição na exibição cinematográfica no Porto.
O seu avô, Manuel da Silva Neves, associado a Edmond Pascaud, fundou a primeira sala de cinema do Porto, o High Life, na actual Rotunda da Boavista. Era um barracão com o chão de terra batida que veio substituir as exibições de cinema ambulante pelas sessões regulares. Dois meses depois o High Life mudou de local, para a Cordoaria, e em 1908 transferiu-se para a Praça da Batalha, com a designação de Novo Salão High Life.
1913 foi um ano grande para a Neves e Pascaud. Abriu o Salão Jardim da Trindade e baptizou o High Life com o nome de Cinema Batalha, ambos instalados em edifícios concebidos para a exibição cinematográfica. Quatro décadas depois, em 1947, António Neves, filho do fundador, inauguraria o moderníssimo Batalha, produto da imaginação do arquitecto Artur Andrade.
Um interessante grafismo, assinado por Péres, na capa de um pequeno programa, com a inscrição Cine Batalha, o mais antigo do Porto. Telefone 1407.
No interior anunciavam-se, entre outos, filmes da Paramount - As Cruzadas, de Cecil B. de Mille, A Noiva que Volta, com Claudette Colbert - e da Castello Lopes - O Mistério do Subterrâneo, com John Wayne. «Para breve», prometia-se, «a vedeta de palmo e meio Shirley Temple, na sua grande criação A Princezinha da Rua, um filme delicioso, com uma efabulação cheia de pitoresco». Tudo a «preços de Verão» entre 1$00, na 2ª plateia, e 3$00, no balcão.
Modernidade que causaria alguns engulhos. O então presidente da Câmara do Porto, um tal Luís de Pina, revelou-se contra a insolência artística do edifício, considerando-a provocadora dos bons costumes. Vai daí, mandou tapar um mural decorativo, pintado no interior do cinema por Júlio Pomar, e retirar as iniciais CB dos puxadores das portas, que o adepto da ditadura olhava como indiciadoras de um Comité Bolchevista.
De então para cá o Batalha viveu tempos áureos, até o lento declínio o ter levado ao encerramento.
Alguns meses depois do fecho, com a Capital Europeia da Cultura à porta, foram anunciadas obras de reabilitação, para que o Batalha integrasse as programações da Porto 2001 e do Fantasporto. Outros projectos se seguiram sem que a situação do edifício mudasse.
Este mês, finalmente, o Batalha reabriu de cara lavada, com um espectáculo musical e a promessa de uma «grande festa» de inauguração em Abril. Aguardemos, para ver e crer que desta vez o sopro de vida naquele espaço... não «vai no Batalha».
08 março 2006
Da Urbe e do Burgo - IV
Regressamos às crónicas de Sant'Anna Dionísio respigando excertos de um conjunto de comentários da actualidade de então, publicados com o título Perspectivas do Douro. Repare-se no matiz da escrita, na visão tão particular do autor e na sua preocupação com o futuro da urbe. Futuro que, tanto para o centro histórico do Porto como para aquilo que S.D. designava como «interland rústico» da cidade, se revelou desastroso. No centro a ruína permanente, na periferia o caos urbanístico.
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Perspectivas do Douro
«Rara será a cidade, seja qual for o continente em que for procurada, que possa apresentar tão impressionantes flancos, tão propícios à realização de uma grandiosa obra de urbanismo, arquitectónico e paisagístico, como esta oferecida à imaginação de qualquer bom observador, desde o promontório de Nova Sintra até às proximidades da Foz.
Logo de começo, é o formidando duplo barranco compreendido entre as duas ciclópicas pontes metálicas, lançadas com grande arrojo sobre o rio nos fins do terceiro quartel do século passado. O sítio é único no mundo. Numa extensão de mil metros, o rio corre entre duas colossais ravinas, quase perpendiculares, de trinta braças de fundo.
Do lado do sul, é o despenhadeiro da serra do Pilar - irrisória como serra, mas ciclópica como paredão de um canal carrancudo e disforme. Do lado do norte é o fraguedo, cortado quase a prumo, que vai desde a ravina dos Guindais ao barranco do antigo Seminário».
(...)
«Tanto ou mais do que a cidade de Lisboa, a cidade do Porto, em pleno e anárquico crescimento, está a pedir, em silêncio, há mais de meio século, uma obra de aglutinação municipal imprescindível e, no fim de contas, extremamente simples. Queremos referir-nos à necessidade de ser convertido num só município, devidamente disciplinado e controlado, que abrangeria os actuais âmbitos urbanizantes do Porto, Matosinhos, Maia, Condomar, Valongo, Gaia. Assim se poderia traçar e orientar um grande e decisivo plano de expansão, arrumação, circulação e embelezamento que não existe e cuja falta prolongada além dos limites razoáveis tem, já hoje, como consequência funesta (em muitos sectores e casos, de dificílima correcção) a estratificação de erros sobre erros, que já nos meados do século XVIII eram objecto do lucidíssimo olhar do Almada, Velho (D. João de Almada), na impressiva e discreta missiva-relatório endereçada ao Marquês de Pombal, seu parente.
Como é possível, com efeito, que o núcleo periférico de Leixões não tenha sido considerado, administrativamente, desde a criação do porto artificial do Porto, como um bairro da própria cidade que determinou a sua construção?
E como compreender que o aglomerado contíguo e fronteiro de Vila Nova de Gaia (uma vez extinta a longínqua motivação da alforria medieva) não esteja ainda hoje incluído no círculo de urbanização da Cidade de que ela, a vila, é um patente e simples bairro?
São anomalias que não se entendem».
(...)
«Francisco de Holanda, arquitecto, esteta e pintor, há já cinco séculos, a propósito das deficiências que notava na cidade de Lisboa ao chegar ao estuário do Tejo com os olhos ainda cheios do encanto da dignidade arquitectónica das cidades italianas, consagrou algumas reflexões a esse assunto, sugerindo algumas ideias e obras capazes de preencher esses vazios.
Sem querermos cair em mimetismos, sempre antipáticos e merecedores de mofa, entendemos que não será descabido tentar solicitar a atenção - como se costuma dizer: "de quem de direito" - para a urgência de se estudar a fundo alguns graves "senãos" da velha cidade do estuário do Douro no sentido de se fazer dela algo digno do que, nos dois séculos anteriores, nela se realizou no plano de autêntica urbanização e valorização panorâmica.
A cidade, tal qual está e tende a expandir-se, parece querer fugir ao rio donde nasceu e esquecer o empolgante cenário que lhe imprime o seu mais genuíno perfil.
Está bem que o casario moderno, funcional ou não funcional, se dilate na direcção do antigo interland rústico da Areosa, da Asprela, de Francos, mas que não se perca de vista o eixo fundamental da grandiosa linha de alcantis sobranceiros ao rio. Essa é e deverá ser sempre a alma da cidade e, como tal, requer que os seus mais dedicados urbanizadores lhe consagrem os preciosos momentos de imaginação criadora».
(...)
«A cidade nascida do grandioso rio tem de lhe ser fiel, modelando-lhe os flancos e tornando-os ainda mais impressivos. Pois que é "urbanizar" senão adquirir ainda mais fisionomia, sem prejuízo da fisionomia fundamental já adquirida?».
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Perspectivas do Douro
«Rara será a cidade, seja qual for o continente em que for procurada, que possa apresentar tão impressionantes flancos, tão propícios à realização de uma grandiosa obra de urbanismo, arquitectónico e paisagístico, como esta oferecida à imaginação de qualquer bom observador, desde o promontório de Nova Sintra até às proximidades da Foz.
Logo de começo, é o formidando duplo barranco compreendido entre as duas ciclópicas pontes metálicas, lançadas com grande arrojo sobre o rio nos fins do terceiro quartel do século passado. O sítio é único no mundo. Numa extensão de mil metros, o rio corre entre duas colossais ravinas, quase perpendiculares, de trinta braças de fundo.
Do lado do sul, é o despenhadeiro da serra do Pilar - irrisória como serra, mas ciclópica como paredão de um canal carrancudo e disforme. Do lado do norte é o fraguedo, cortado quase a prumo, que vai desde a ravina dos Guindais ao barranco do antigo Seminário».
(...)
«Tanto ou mais do que a cidade de Lisboa, a cidade do Porto, em pleno e anárquico crescimento, está a pedir, em silêncio, há mais de meio século, uma obra de aglutinação municipal imprescindível e, no fim de contas, extremamente simples. Queremos referir-nos à necessidade de ser convertido num só município, devidamente disciplinado e controlado, que abrangeria os actuais âmbitos urbanizantes do Porto, Matosinhos, Maia, Condomar, Valongo, Gaia. Assim se poderia traçar e orientar um grande e decisivo plano de expansão, arrumação, circulação e embelezamento que não existe e cuja falta prolongada além dos limites razoáveis tem, já hoje, como consequência funesta (em muitos sectores e casos, de dificílima correcção) a estratificação de erros sobre erros, que já nos meados do século XVIII eram objecto do lucidíssimo olhar do Almada, Velho (D. João de Almada), na impressiva e discreta missiva-relatório endereçada ao Marquês de Pombal, seu parente.
Como é possível, com efeito, que o núcleo periférico de Leixões não tenha sido considerado, administrativamente, desde a criação do porto artificial do Porto, como um bairro da própria cidade que determinou a sua construção?
E como compreender que o aglomerado contíguo e fronteiro de Vila Nova de Gaia (uma vez extinta a longínqua motivação da alforria medieva) não esteja ainda hoje incluído no círculo de urbanização da Cidade de que ela, a vila, é um patente e simples bairro?
São anomalias que não se entendem».
(...)
«Francisco de Holanda, arquitecto, esteta e pintor, há já cinco séculos, a propósito das deficiências que notava na cidade de Lisboa ao chegar ao estuário do Tejo com os olhos ainda cheios do encanto da dignidade arquitectónica das cidades italianas, consagrou algumas reflexões a esse assunto, sugerindo algumas ideias e obras capazes de preencher esses vazios.
Sem querermos cair em mimetismos, sempre antipáticos e merecedores de mofa, entendemos que não será descabido tentar solicitar a atenção - como se costuma dizer: "de quem de direito" - para a urgência de se estudar a fundo alguns graves "senãos" da velha cidade do estuário do Douro no sentido de se fazer dela algo digno do que, nos dois séculos anteriores, nela se realizou no plano de autêntica urbanização e valorização panorâmica.
A cidade, tal qual está e tende a expandir-se, parece querer fugir ao rio donde nasceu e esquecer o empolgante cenário que lhe imprime o seu mais genuíno perfil.
Está bem que o casario moderno, funcional ou não funcional, se dilate na direcção do antigo interland rústico da Areosa, da Asprela, de Francos, mas que não se perca de vista o eixo fundamental da grandiosa linha de alcantis sobranceiros ao rio. Essa é e deverá ser sempre a alma da cidade e, como tal, requer que os seus mais dedicados urbanizadores lhe consagrem os preciosos momentos de imaginação criadora».
(...)
«A cidade nascida do grandioso rio tem de lhe ser fiel, modelando-lhe os flancos e tornando-os ainda mais impressivos. Pois que é "urbanizar" senão adquirir ainda mais fisionomia, sem prejuízo da fisionomia fundamental já adquirida?».
01 março 2006
O Imperial
Um monumental café dos anos quarenta, restaurado e adaptado a novos usos pela McDonald's.
22 fevereiro 2006
No Mercado Ferreira Borges
Há edifícios com sorte, como este.
Construído, entre 1885 e 1888, para substituir o Mercado da Ribeira, viu o seu destino alterado alguns anos depois.
Serviu de garagem, de cozinha dos pobres, esteve para ser museu, foi estufa e escapou por pouco ao destino do Palácio de Cristal, o camartelo. Foi mercado de frutas e depois abandonaram-no.
Em 1983 a Câmara fez o que devia, recuperou-o. Hoje presta bons ofícios como espaço «multi-usos», da cultura a eventos comerciais.
É pequeno, se o virmos pela bitola da actual mania das grandezas, mas tem uma escala humana. É leve, luminoso e arejado.
Foi inovador, quando nasceu, pelo emprego de novos materiais, o vidro e o aço.
Está decorado com motivos vegetais, combinados com ornatos animalistas.
Outra particularidade, as colunas, que servem de suporte da cobertura, funcionam no interior como condutas de águas pluviais, que posteriormente são encaminhadas para o rio.
Depois de tudo isto, digam lá se não é justo que, o Mercado Ferreira Borges, faça parte do imaginário do centro histórico portuense.
Construído, entre 1885 e 1888, para substituir o Mercado da Ribeira, viu o seu destino alterado alguns anos depois.
Serviu de garagem, de cozinha dos pobres, esteve para ser museu, foi estufa e escapou por pouco ao destino do Palácio de Cristal, o camartelo. Foi mercado de frutas e depois abandonaram-no.
Em 1983 a Câmara fez o que devia, recuperou-o. Hoje presta bons ofícios como espaço «multi-usos», da cultura a eventos comerciais.
É pequeno, se o virmos pela bitola da actual mania das grandezas, mas tem uma escala humana. É leve, luminoso e arejado.
Foi inovador, quando nasceu, pelo emprego de novos materiais, o vidro e o aço.
Está decorado com motivos vegetais, combinados com ornatos animalistas.
Outra particularidade, as colunas, que servem de suporte da cobertura, funcionam no interior como condutas de águas pluviais, que posteriormente são encaminhadas para o rio.
Depois de tudo isto, digam lá se não é justo que, o Mercado Ferreira Borges, faça parte do imaginário do centro histórico portuense.
15 fevereiro 2006
Da Urbe e do Burgo - III
«No velho mundo, será difícil encontrar uma urbe tão singular, no ponto de vista somático como anímico. Sem risco de exagero, pode reputar-se uma das mais típicas, não diremos só da Ibéria, mas da Europa». A afirmação, que ilustra o apego que Sant'Anna Dionísio tinha pelo Porto, está patente no prefácio de Da Urbe e do Burgo.
Este afecto terá levado o autor, homem cosmopolita, a criticar o imobilismo então reinante, e a avançar com sugestões concretas para o progresso da cidade. Uma das suas propostas, a união dos concelhos à volta do Porto num único município, revelou-se premonitória, estando hoje na ordem do dia da actualidade política.
Outra, que o autor já havia explanado no volume IV do Guia de Portugal, da Gulbenkian, revestia-se de um certo carácter desenvolvimentista, próprio da época em que um Plano Director - o de Robert Auzelle, de 1962 - propôs a demolição de uma boa parte do centro histórico do Porto. Sant'Anna Dionísio não iria tão longe, mas a sua proposta de «construção de um viaduto, em granito, de seis ou sete tramos, e de quinze a vinte metros de largura de tabuleiro, que se lançasse entre o Largo da Cividade (ou da Sé) e o terreiro da Relação», não deixaria de ser considerada hoje, no mínimo, como insensata.
A ideia, no entanto, era tão cara ao pensador e cronista, que chegou a levá-la ao conhecimento do Presidente do Município, esperando que pudesse merecer-lhe algum estudo. Respondeu-lhe um «subordinado do Magistrado Supremo da Edilidade» que, num «breve bilhete-ofício», fez saber que a obra não teria qualquer «viabilidade de execução, pois o seu custo absorveria, por si só, uma verba aproximadamente equivalente ao orçamento total do Município».
O conceito do viaduto não seria, contudo, abandonado pelo escritor, que o fez ressurgir na capa do livro onde reúne cinquenta e uma crónicas por si escritas para o Primeiro de Janeiro, nos anos sessenta, através de uma ilustração de outro portuense ilustre, o pintor Carlos Carneiro, filho de António Carneiro cuja Casa-Oficina vale a pena visitar.
Este afecto terá levado o autor, homem cosmopolita, a criticar o imobilismo então reinante, e a avançar com sugestões concretas para o progresso da cidade. Uma das suas propostas, a união dos concelhos à volta do Porto num único município, revelou-se premonitória, estando hoje na ordem do dia da actualidade política.
Outra, que o autor já havia explanado no volume IV do Guia de Portugal, da Gulbenkian, revestia-se de um certo carácter desenvolvimentista, próprio da época em que um Plano Director - o de Robert Auzelle, de 1962 - propôs a demolição de uma boa parte do centro histórico do Porto. Sant'Anna Dionísio não iria tão longe, mas a sua proposta de «construção de um viaduto, em granito, de seis ou sete tramos, e de quinze a vinte metros de largura de tabuleiro, que se lançasse entre o Largo da Cividade (ou da Sé) e o terreiro da Relação», não deixaria de ser considerada hoje, no mínimo, como insensata.
A ideia, no entanto, era tão cara ao pensador e cronista, que chegou a levá-la ao conhecimento do Presidente do Município, esperando que pudesse merecer-lhe algum estudo. Respondeu-lhe um «subordinado do Magistrado Supremo da Edilidade» que, num «breve bilhete-ofício», fez saber que a obra não teria qualquer «viabilidade de execução, pois o seu custo absorveria, por si só, uma verba aproximadamente equivalente ao orçamento total do Município».
O conceito do viaduto não seria, contudo, abandonado pelo escritor, que o fez ressurgir na capa do livro onde reúne cinquenta e uma crónicas por si escritas para o Primeiro de Janeiro, nos anos sessenta, através de uma ilustração de outro portuense ilustre, o pintor Carlos Carneiro, filho de António Carneiro cuja Casa-Oficina vale a pena visitar.
08 fevereiro 2006
Anoitecer nos Leões
(Insinuação de RPS, o blogamigo do Fado Falado)
Adenda
Em maré de insinuações, mais duas - uma do Teófilo e outra minha: há dois blogues novíssimos, para ver, sobre o Porto, A Esquina e o não sei pra mais.
01 fevereiro 2006
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