03 abril 2012
Jorge Ricardo Pinto
Conheci Jorge Ricardo Pinto como animador de um dos primeiros blogues que tiveram o Porto como tema, o excelente Avenida dos Aliados, cuja ligação mantenho aqui ao lado, por melancolia, desde o início d'A Cidade Surpreendente. Apesar do Avenida ter durado pouco, um curto período entre 2004 e 2005, a devoção do Jorge pelos temas portuenses manifestou-se de novo publicamente, passados quatro anos, com a publicação da sua tese de mestrado O Porto Oriental no Final do Século XIX , pela Afrontamento.
Agora, chega-me a notícia duma exposição organizada pelo Jorge Ricardo Pinto no local onde é professor, o Instituto Superior de Ciências Empresariais e do Turismo, sobre a história de um edifício notável, onde funciona aquela instituição, no 285 da Rua de Cedofeita, aquele onde esteve o Salão Silva Porto, local dedicado às artes plásticas no Porto dos anos 30, e onde, muitos se lembrarão, existiu uma secção do então liceu das meninas de bata azul, o Carolina Michaëlis. A ler no Porto 24.
02 abril 2012
29 março 2012
Um percurso com entrevista
Acedendo a um simpático convite, percorri o Bairro da Sé com Júlia Rocha, jornalista do Jornalismo Porto Net, o jornal digital do Curso de Ciências da Comunicação da Universidade do Porto. O resultado, uma fotogaleria, com imagens captadas pela jornalista, e a conversa que tivemos, está aqui e aqui.
28 março 2012
Valeu a pena
A notícia é de ontem, mas a eleição do Porto como Melhor Destino Europeu de 2012, pela European Consumers Choice, a organização não lucrativa de consumidores com sede em Bruxelas, perdurará durante um ano e trará, seguramente, mais-valias para a cidade e para esta região marcada por um rio fabuloso, que muitas outras cidades europeias não desdenhariam, uma costa atlântica notável e pelas montanhas do interior aqui tão perto. O Porto, mas também Gaia, Matosinhos, a Maia e Gondomar estão de parabéns. Os apelos que correram pela rede para votar nesta eleição, em que estiveram dez cidades europeias, surtiram efeito. Valeu a pena!
16 março 2012
O Porto visto do alto - III
Vista do cimo das torres da Igreja da Lapa a cidade revela-se diferente das imagens anteriores. Aparte o quartel, que já foi general, aqui não há lugar para grandes construções, para os grandes blocos residenciais, mas sim para pequenos edifícios de grandes empenas cegas, com alguns metros de frente e fundos extensos – que outrora foram quintais e jardins - nascidos das matrizes oitocentistas, de que persistem alguns exemplares, decadentes, com belas fachadas em que predominam o granito e o ferro forjado. O cemitério, enquanto cidade dos mortos, obedece à mesma regra de aproveitamento do espaço dos vivos. Construído em socalcos no monte da Lapa, num sobe e desce de patamares, aparece embutido no casario. No horizonte, para sul, perfila-se a outra parte da mesma mancha urbana, Gaia. Para sudoeste observamos a Boavista e o Cabedelo; a norte o Marquês e os condomínios de Damião de Góis. Clique nas imagens para as ver maiores
12 março 2012
O Porto visto do alto - II
A Rua Prof. Mota Pinto.
A Via de Cintura Interna entre o viaduto das Andresas e a Prelada. O casario do Pinheiro Manso, a zona do Aviz - ao centro - e, ao fundo à direita, o arvoredo do Parque Desportivo do Inatel.
A Via de Cintura Interna entre o viaduto das Andresas e a Prelada. O casario do Pinheiro Manso, a zona do Aviz - ao centro - e, ao fundo à direita, o arvoredo do Parque Desportivo do Inatel.
09 março 2012
O melhor destino Europeu de 2012
O rigor das votações feitas pela internet é, na maioria das vezes, nulo, como o da escolha do melhor destino europeu de 2012. Aqui há, no entanto, um factor importante para quem vive e sente a região do Porto: a cidade aparece incluída numa lista restrita de outras vinte cidades europeias. Perdida a influência política e financeira que teve outrora (a económica, de certo modo, mantém-se), poderemos votar no European Best Destination 2012 para reforçar a visibilidade que o Porto adquiriu nos últimos anos como destino turístico.
06 março 2012
O Porto visto do alto - I
O Porto não é uma cidade onde abundem os edifícios altos. Há até por cá quem tenha um preconceito contra essas construções que modelam, e bem, tantas cidades de grande e média dimensão.
Entre o Bessa e o Foco
Até ao início da segunda metade do século XX, a cidade, vista de Gaia, manteve o perfil que foi sendo construído nos séculos anteriores. Do casario de altura média emergiam, como pontos mais altos, as torres das igrejas dos Clérigos, do Bonfim e da Lapa. Só no fim dos anos 40 do século XX despontou uma nova torre, a da Igreja da Senhora da Conceição, fazendo companhia às demais.
Nos anos 60 surgiram outras torres no centro da cidade, que alteraram o perfil do Porto, estas já não de carácter religioso, mas profano: a da cooperativa O Lar Familiar, em Gonçalo Cristóvão, a do Hotel D. Henrique, a do Jornal de Notícias e a da Cooperativa dos Pedreiros, na rua de D. João IV. A ocidente, já fora do centro, construíram-se na mesma época as torres da Varanda da Barra e, mais tarde, as da Pasteleira. O perfil do Porto mantem-se de então para cá com poucas alterações, porque as construções altas que foram aparecendo nos últimos 30 anos, vêem-se mal ou não são mesmo visíveis, quando observamos a cidade da margem sul do Douro. Do cimo dessas torres obtemos, no entanto, uma percepção da urbe diferente daquela a que estamos habituados no dia-a-dia, quando circulamos pelas ruas “presos ao chão”.
É esse panorama, pouco comum, que irá sendo mostrado aqui, conforme forem sendo vencidas as dificuldades de acesso a alguns dos edifícios altos do Porto.
A Avenida do Bessa e a Escola Fontes Pereira de Melo
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