A Cidade Surpreendente e a sua Outra Face abordados no Público de ontem.
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Adenda
21.04.09
Transcrevo o comentário de Marta Pereira, a quem agradeço pela oportunidade do esclarecimento, logo abaixo.
“Ninguém está realmente interessado em recuperar a Baixa”
Creio que é uma afirmação que, ainda que inocentemente, fere muitos jovens como eu que desde cedo se movem pela reabilitação e revitalização da cidade. Prova disso é o projecto que eu e alguns colegas estamos a levar a cabo, e para o qual pedimos, há uns tempos atrás, a colaboração do Carlos Romão. Podemos não ter um impacto preponderante, mas interessados estamos, sem dúvida.
Já agora, aproveito para divulgar a realização de um debate intitulado "Porto: Proteger um Berço de Ouro", dia 28 de Maio, na Escola Secundária de Carvalhos (ironicamente, Vila Nova de Gaia), pelas 15h. Contará com a presença, entre outros, de oradores da Porto Vivo e da Associação de Comerciantes do Porto.
Parabéns pelo artigo, são de facto páginas que merecem ser divulgadas!
A minha resposta:
Marta Pereira,
Aquele “ninguém ...” referia-se aos decisores políticos e não às pessoas que trabalham seriamente no terreno, tanto na Sociedade de Reabilitação Urbana como noutras instituições públicas e privadas.
Vejamos, se o abandono, a miséria e a ruína que se abateram sobre a Baixa e o centro histórico do Porto tivessem acontecido de um dia para o outro, devido a uma catástrofe qualquer, provavelmente teria sido declarado o estado de calamidade pública. Como tudo se processou lentamente, durante uns trinta anos, habituámo-nos à ideia e aceitamo-la pacificamente. No entanto, a situação não deixa de ser de calamidade pública.
O que está a ser feito na reabilitação da rua de Mouzinho da Silveira, por exemplo, é importante mas é uma gota no oceano. Todos nós conhecemos bem a extensão da mancha do abandono da cidade: partindo do centro para Norte ultrapassa o Marquês, e para Nascente chega à Circunvalação.
O que deveria ser feito pelo Estado que manteve a Lei das Rendas, do ditador Salazar até aos nossos dias, lei que é uma das causas do crescimento desalmado das periferias das nossas cidades, seria declarar como prioridade nacional a recuperação dos centros urbanos das cidades portuguesas, e não apenas da frente ribeirinha de Lisboa. Esta, no entanto, seria uma decisão política e todos nós sabemos, porque o sentimos na pele, quais são as prioridades dos políticos nacionais.
20 abril 2009
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7 comentários:
Parabéns pelo reconhecimento publico deste magnifico blog , abraço :)
Parabéns !
Muito mais que merecido.
Parabéns! Um reconhecimento que lhe é devido, há já algum tempo.
"Ninguém está realmente interessado em recuperar a Baixa"
Creio que é uma afirmação que, ainda que inocentemente, fere muitos jovens como eu que desde cedo se movem pela reabilitação e revitalização da cidade. Prova disso é o projecto que eu e alguns colegas estamos a levar a cabo, e para o qual pedimos, há uns tempos atrás, a colaboração do Carlos Romão. Podemos não ter um impacto preponderante, mas interessados estamos, sem dúvida.
Já agora, aproveito para divulgar a relização de um debate intitulado "Porto: Proteger um Berço de Ouro", dia 28 de Maio, na Escola Secundária de Carvalhos (ironicamente, Vila Nova de Gaia), pelas 15h. Contará com a presença, entre outros, de oradores da Porto Vivo e da Associação de Comerciantes do Porto.
Parabéns pelo artigo, são de facto páginas que merecem ser divulgadas!
Apenas o singelo reconhecimento do que de bom se faz pela blogosfera.
que esta reportagem sirva para acordar mais algumas consciências para a realidade que o porto vive, e conhecerem igualmente o seu fantástico trabalho.
Parabéns, Carlos Romão, pelo seu trabalho de intervenção através da denúncia pela imagem; quase sem palavras; e fazendo Arte.
Olá
Só hoje pude vir aqui dar-te os parabéns pelo artigo do Público, reconhecimento mais que merecido!
Bjnhs
Maria Oswalda
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