12 novembro 2008
11 novembro 2008
Janelas do Tempo - II
Avenida do Brasil
A imagem abaixo, da Fotografia Alvão, revela-nos um conjunto urbano equilibrado em que sobressai o grande espaço do passeio marítimo da Avenida do Brasil. Terá sido tirada logo após a conclusão do projecto de embelezamento do local, concluído em 1931 com a construção da pérgula, obra do estucador portuense Enes Baganha.
Mas, o que mudou nas quase oito décadas que separam as duas fotos? O que está à vista e muito do que não se vê na segunda imagem.
As moradias que constam na foto antiga, construídas entre os anos 20 e 30 do século passado, desapareceram quase todas, substituídas, a partir dos anos 70, por incaracterísticos blocos de apartamentos, ocultos - na foto a cores - pelos metrosíderos que entretanto ali cresceram, resistindo, como poucas árvores conseguem, à salinidade dos ventos que sopram do Atlântico. Outra resistente é a araucária que figura no centro da imagem a preto e branco, que continua lá, por detrás do Salva-Vidas - a escultura de Henrique Moreira - assinalando a persistência do tempo, juntamente com a pérgula, a balaustrada, a posição inalterada dos candeeiros de iluminação pública e... esse sim eterno, o rochedo que, emergindo do Atlântico diante da Praia dos Ingleses, ganhou direito a nome próprio: o Gilreu.
Para além disto terá mudado também o cuidado posto nos canteiros ajardinados, que hoje parecem abandonados - uma imagem de marca dos jardins do Porto com que convivemos há alguns anos, distinguindo a cidade, pela negativa, dos concelhos vizinhos, da Póvoa a Vila do Conde, de Matosinhos à Maia e daqui a Gaia e a Espinho.
A imagem abaixo, da Fotografia Alvão, revela-nos um conjunto urbano equilibrado em que sobressai o grande espaço do passeio marítimo da Avenida do Brasil. Terá sido tirada logo após a conclusão do projecto de embelezamento do local, concluído em 1931 com a construção da pérgula, obra do estucador portuense Enes Baganha.
Mas, o que mudou nas quase oito décadas que separam as duas fotos? O que está à vista e muito do que não se vê na segunda imagem.
As moradias que constam na foto antiga, construídas entre os anos 20 e 30 do século passado, desapareceram quase todas, substituídas, a partir dos anos 70, por incaracterísticos blocos de apartamentos, ocultos - na foto a cores - pelos metrosíderos que entretanto ali cresceram, resistindo, como poucas árvores conseguem, à salinidade dos ventos que sopram do Atlântico. Outra resistente é a araucária que figura no centro da imagem a preto e branco, que continua lá, por detrás do Salva-Vidas - a escultura de Henrique Moreira - assinalando a persistência do tempo, juntamente com a pérgula, a balaustrada, a posição inalterada dos candeeiros de iluminação pública e... esse sim eterno, o rochedo que, emergindo do Atlântico diante da Praia dos Ingleses, ganhou direito a nome próprio: o Gilreu.
Para além disto terá mudado também o cuidado posto nos canteiros ajardinados, que hoje parecem abandonados - uma imagem de marca dos jardins do Porto com que convivemos há alguns anos, distinguindo a cidade, pela negativa, dos concelhos vizinhos, da Póvoa a Vila do Conde, de Matosinhos à Maia e daqui a Gaia e a Espinho.
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Domingos Alvão,
Frente Marítima,
Janelas do Tempo
04 novembro 2008
A Afurada a dois tempos
Em maré de comparações do tempo, como se prometeu abaixo, e se há-de cumprir nas Janelas do Tempo, passemos do tempo que aí se abordará, o das existências na sua mutação, para o tempo que faz, aquele que influencia o nosso comportamento no dia-a-dia, o tempo atmosférico, observando a acolhedora povoação piscatória da Afurada, na foz do Douro, a dois tempos - separados por um dia - : um, colorido pelo sol intenso e morno, que convoca a nostalgia do Verão, e o outro, cinzento, chuvoso e frio, que anuncia o futuro imediato, o Inverno que aí vem. Saibamos o que nos espera e não nos iludamos, pois, com o tempo.
24 outubro 2008
Janelas do Tempo - I
Porto, Esquinas do Tempo é o título do catálogo de uma exposição de fotografias do Grupo IF, que ocorreu nos primeiros meses de 1982.
O grupo recolheu fotografias da cidade, tiradas entre o final do século XIX e a primeira metade do século XX, e fotografou os mesmos locais, expondo depois as imagens, antigas e modernas, lado a lado, no Museu Nacional de Soares do Reis.
O que me proponho publicar, aqui, é um exercício paralelo ao que foi feito há 26 anos - revisitar locais fotografados - a que chamarei Janelas do Tempo, numa alusão aos rectângulos fotográficos de luz formados no monitor, que nos permitirão comparar o passado com o presente.
A Praça de D. Pedro
O local revisitado hoje é a antiga Praça de D. Pedro, actual Praça da Liberdade, vista pelo olhar de Domingos Alvão. A fotografia é anterior a 1915, ano em que começou a demolição do edifício dos Paços do Concelho - ao fundo na imagem - para abertura da Avenida dos Aliados.
Se da praça daquela época restam hoje, apenas, o prédio à esquerda e a estátua do Libertador, há semelhanças e pormenores muito interessantes em ambas as fotos. Observem-se as parecenças dos toldos e do arvoredo; e a posição do lampião de iluminação pública. E leiam-se as duas placas afixadas no edifício. A que está na varanda, no primeiro andar, anuncia o Consultório Dentário de um tal P. Alexander, Dentista Licenciado. A outra, mais adiante, sobre uma porta no rés-do-chão, diz-nos que no local da actual Cervejaria Sá Reis já se bebia Cerveja Gelada a 40 Reis o Copo, no início do século passado.
O grupo recolheu fotografias da cidade, tiradas entre o final do século XIX e a primeira metade do século XX, e fotografou os mesmos locais, expondo depois as imagens, antigas e modernas, lado a lado, no Museu Nacional de Soares do Reis.
O que me proponho publicar, aqui, é um exercício paralelo ao que foi feito há 26 anos - revisitar locais fotografados - a que chamarei Janelas do Tempo, numa alusão aos rectângulos fotográficos de luz formados no monitor, que nos permitirão comparar o passado com o presente.
A Praça de D. Pedro
O local revisitado hoje é a antiga Praça de D. Pedro, actual Praça da Liberdade, vista pelo olhar de Domingos Alvão. A fotografia é anterior a 1915, ano em que começou a demolição do edifício dos Paços do Concelho - ao fundo na imagem - para abertura da Avenida dos Aliados.
Se da praça daquela época restam hoje, apenas, o prédio à esquerda e a estátua do Libertador, há semelhanças e pormenores muito interessantes em ambas as fotos. Observem-se as parecenças dos toldos e do arvoredo; e a posição do lampião de iluminação pública. E leiam-se as duas placas afixadas no edifício. A que está na varanda, no primeiro andar, anuncia o Consultório Dentário de um tal P. Alexander, Dentista Licenciado. A outra, mais adiante, sobre uma porta no rés-do-chão, diz-nos que no local da actual Cervejaria Sá Reis já se bebia Cerveja Gelada a 40 Reis o Copo, no início do século passado.
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Domingos Alvão,
Janelas do Tempo,
Praça da Liberdade
06 outubro 2008
A sombra da Igreja de S. José das Taipas...
... estampada na ala poente da vetusta Cadeia da Relação, no final do suave e luminoso dia de ontem, 5 de Outubro de 2008.
01 outubro 2008
A Outra Face da Cidade Surpreendente...
... regressou à vida. Há por lá imagens da fachada do antigo Cinema Águia d'Ouro e das Escadas da Vitória.
30 setembro 2008
28 setembro 2008
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