Há duas cidades nesta imagem do Porto, a das ruas apertadas no interior da Muralha Fernandina (em baixo e à esquerda) e outra, de malha mais larga (acima e à direita) que surgiu depois do desaparecimento do muro medieval que cingiu o Porto durante cinco séculos. Pode até traçar-se o percurso da muralha, que era paralelo à actual rua dos Clérigos, e, no Olival – na Cordoaria –, flectia à esquerda para descer até ao rio.
A cidade de dentro da cerca parece não ter tido alterações nos últimos 30 anos; já a outra mostra-nos o Jardim da Cordoaria antes da infeliz intervenção de 2001 - que o transformou num espaço arbustivo inóspito - e a Praça de Gomes Teixeira, a dos Leões, antes de ter passado por um processo idêntico. Na Praça de Lisboa está um mercado improvisado que sucedeu ao Mercado do Anjo, desaparecido em 1952. Próximo da cúpula do então Pavilhão dos Desportos, que foi rebaptizado com o nome da atleta Rosa Mota, está ainda o conjunto de antigos edifícios que albergou o Centro de Instrução e Condução Auto, do Exército e, mais tarde, a Reitoria da Universidade do Porto. Naquele espaço surgiram outras construções que acolhem hoje alguns serviços do Centro Hospitalar do Porto.
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16 setembro 2011
15 setembro 2011
O Porto há 30 anos - II
É o Coliseu, no centro com a grande cúpula, que marca esta imagem. Vista do ar, a imponente sala de espectáculos mostra a sua real dimensão ao aparecer encaixada, como num quebra-cabeças, nos edifícios envolventes que nos aparecem minúsculos. Parece que tudo se ajustou para que coubesse ali; no entanto, ele está lá apenas desde 1940, enquanto grande parte dos edifícios circundantes foram construídos entre o final do século XIX e os primeiros anos do século XX. É notória também a ocupação intensiva do espaço interior dos quarteirões onde, na origem, terão existido quintais e jardins das antigas casas de habitação.
Diante do Coliseu, que constitui uma jóia da arquitectura portuguesa do século XX, há outro edifício marcante daquele período, a Garagem de Passos Manuel (1938) de Mário Abreu, arquitecto que trabalhou com Cassiano Branco e Júlio de Brito no projecto daquela sala de espectáculos.
Aparentemente não há diferenças entre a data em que a foto foi tirada e os dias de hoje, com excepção de um pormenor no canto inferior esquerdo da imagem, que mostra automóveis alinhados na periferia da Praça dos Poveiros, onde hoje existe um parque de estacionamento subterrâneo.
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Diante do Coliseu, que constitui uma jóia da arquitectura portuguesa do século XX, há outro edifício marcante daquele período, a Garagem de Passos Manuel (1938) de Mário Abreu, arquitecto que trabalhou com Cassiano Branco e Júlio de Brito no projecto daquela sala de espectáculos.
Aparentemente não há diferenças entre a data em que a foto foi tirada e os dias de hoje, com excepção de um pormenor no canto inferior esquerdo da imagem, que mostra automóveis alinhados na periferia da Praça dos Poveiros, onde hoje existe um parque de estacionamento subterrâneo.
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13 setembro 2011
O Porto há 30 anos - I
A foto remonta à primeira metade dos anos 80, um tempo não muito distante se nos reportarmos à história milenar da cidade. A zona está consolidada desde meados do século XX, quando foi terminada a Avenida dos Aliados. De então para cá, as alterações, do ponto de vista do património edificado não foram muitas. É notória, no entanto, a mudança do pavimento da avenida, que provocou grande polémica em 2006. De resto, por detrás da Igreja da Trindade existia ainda a velha estação ferroviária da linha da Póvoa, que coabitava com uma bomba de gasolina, ambas desaparecidas para dar lugar à estação do metro, inaugurada em 2002. A poente da igreja pode ver-se uma pedreira que resultou da demolição do casario ali existente – o Muro da Trindade - nos anos 50. Hoje existe lá um centro comercial.
A fotografia, como outras que publicarei nos próximos dias, foi tirada no fim da tarde de um dia gelado de Inverno, com nuvens negras por cima, que alternavam com raios de sol vindos do lado do mar. É essa a causa da luz horizontal que atravessa a imagem de poente para nascente.
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A fotografia, como outras que publicarei nos próximos dias, foi tirada no fim da tarde de um dia gelado de Inverno, com nuvens negras por cima, que alternavam com raios de sol vindos do lado do mar. É essa a causa da luz horizontal que atravessa a imagem de poente para nascente.
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09 setembro 2011
Can I take a picture? - V
Na cela S. João - onde esteve preso Camilo Castelo Branco - da antiga Cadeia da Relação, actual Centro Português de Fotografia.
06 setembro 2011
O Águia d'Ouro
Oitenta anos após a sua construção, em 1931, a fachada que foi o rosto do Café e do Cinema Águia d’Ouro surge renovada, neste Verão de 2011, para acolher um hotel.
Veja também o interior do velho cinema e a fachada, antes desta intervenção, n’ A Cidade Deprimente.
26 agosto 2011
25 agosto 2011
08 agosto 2011
Rua Conde de Vizela
Foi traçada no século XVII, por iniciativa do padre Baltazar Guedes. No lado poente é composta por um conjunto de edifícios imponentes e de fachadas regulares construídos no início do século XX, características físicas que, juntamente com uma ligeira curvatura, fazem com que a rua pareça mais longa do que na realidade é. Chamou-se Rua do Correio, por ali ter funcionado o correio-mor do Porto. Deve a sua actual designação a Diogo José Cabral, o industrial que detinha a propriedade das casas e terrenos do lado poente, a quem foi concedido o título de Conde de Vizela, em 1900. Ei-la, vista de sul para norte...
... e junto à Rua das Carmelitas, numa ilustração do encontro de dois grandes arquitectos que definiram muito daquilo que o Porto é hoje: Marques da Silva, autor do palácio de dois torreões que liga Conde de Vizela a Cândido dos Reis, e Nicolau Nasoni, o visionário italiano que decidiu viver e trabalhar no Porto, a quem devemos a Torre e a Igreja dos Clérigos.
... e junto à Rua das Carmelitas, numa ilustração do encontro de dois grandes arquitectos que definiram muito daquilo que o Porto é hoje: Marques da Silva, autor do palácio de dois torreões que liga Conde de Vizela a Cândido dos Reis, e Nicolau Nasoni, o visionário italiano que decidiu viver e trabalhar no Porto, a quem devemos a Torre e a Igreja dos Clérigos.
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