07 outubro 2011
03 outubro 2011
Hilda Ofélia
A imagem abaixo está num recanto do Centro Português de Fotografia, ampliada e iluminada pela retaguarda. Representa Hilda Ofélia, filha de Aurélio da Paz dos Reis (1862-1931) e tem atribuída a data de 1908.
Aurélio tinha o hábito de enviar postais fotográficos aos clientes e amigos. Para além da filha, este postal está carregado de símbolos, dos valores e das referências do fotógrafo, cineasta, floricultor, romântico e revolucionário: um busto da República – antes de ter sido implantada em Portugal – um globo terrestre, livros de autores maçónicos, duas garrafas de vinho do Porto, uma camélia e fotografias da mãe, da mulher e dos filhos.
Luís de Pina, cinéfilo e crítico de cinema, escreveu que o nome Paz dos Reis foi dado ao pai de Aurélio – filho de um miguelista ferrenho - para recordar o fim da guerra civil entre D. Pedro e D. Miguel. Aurélio, por sua vez, acabou por baptizar os filhos com nomes invulgares: Homero Áureo, Horácio Fortunato, Hugo Virgílio e a nossa Hilda Ofélia. Hilda e Homero faleceram em 1919, vítimas da gripe pneumónica que ceifou 60 000 vidas em Portugal. Horácio morreu em França na 1º Guerra Mundial, em 1918. Rudes golpes.
Foi o filho de Hugo Virgílio, Hugo Cândido da Paz dos Reis, que depositou no CPF, em 1997, o espólio de Aurélio, com a condição de não ser retirado do Porto.
Algo que nunca vi escrito e me foi dito por Paula Paz dos Reis, bisneta de Aurélio, sobre a razão de existirem poucos filmes do homem que pela primeira vez rodou uma manivela de cinema em Portugal: os filhos dele, crianças, entretiveram-se a queimar parte das películas de nitrato de celulose filmadas pelo pai.
Aurélio tinha o hábito de enviar postais fotográficos aos clientes e amigos. Para além da filha, este postal está carregado de símbolos, dos valores e das referências do fotógrafo, cineasta, floricultor, romântico e revolucionário: um busto da República – antes de ter sido implantada em Portugal – um globo terrestre, livros de autores maçónicos, duas garrafas de vinho do Porto, uma camélia e fotografias da mãe, da mulher e dos filhos.
Luís de Pina, cinéfilo e crítico de cinema, escreveu que o nome Paz dos Reis foi dado ao pai de Aurélio – filho de um miguelista ferrenho - para recordar o fim da guerra civil entre D. Pedro e D. Miguel. Aurélio, por sua vez, acabou por baptizar os filhos com nomes invulgares: Homero Áureo, Horácio Fortunato, Hugo Virgílio e a nossa Hilda Ofélia. Hilda e Homero faleceram em 1919, vítimas da gripe pneumónica que ceifou 60 000 vidas em Portugal. Horácio morreu em França na 1º Guerra Mundial, em 1918. Rudes golpes.
Foi o filho de Hugo Virgílio, Hugo Cândido da Paz dos Reis, que depositou no CPF, em 1997, o espólio de Aurélio, com a condição de não ser retirado do Porto.
Algo que nunca vi escrito e me foi dito por Paula Paz dos Reis, bisneta de Aurélio, sobre a razão de existirem poucos filmes do homem que pela primeira vez rodou uma manivela de cinema em Portugal: os filhos dele, crianças, entretiveram-se a queimar parte das películas de nitrato de celulose filmadas pelo pai.
30 setembro 2011
27 setembro 2011
23 setembro 2011
O Porto há 30 anos - VI
Duas formas geométricas dominam esta imagem: a rotunda da Boavista e o enorme quadrado do Cemitério de Agramonte, construído em 1855. Entre outros pormenores observamos, à direita, a estação de recolha de carros eléctricos, edificada em 1874 e demolida em 1999, para dar lugar à Casa da Música, e o terreno livre onde foi construído o primeiro centro comercial que surgiu no Bom Sucesso. A fotografia está ainda marcada pelo sol poente invernoso.
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22 setembro 2011
O Porto há 30 anos - V
Vista parcial da baixa da cidade para oriente, com Gondomar ao fundo.
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21 setembro 2011
Júlio Resende (1917-2011)
Há uma brutalidade nesta pintura, digamo-lo sem qualquer hesitação; brutalidade que consiste em obrigar-nos sem trégua a pensar que o homem é o mais mortal dos animais, que o seu corpo não cessa de ser corroído pela lepra do tempo, que o esplendor da sua juventude se converte com facilidade na mais grotesca paródia de si próprio, que tudo nele está inexoravelmente votado à morte.
Eugénio de Andrade sobre o painel Ribeira Negra, a revisitar aqui.
Eugénio de Andrade sobre o painel Ribeira Negra, a revisitar aqui.
20 setembro 2011
O Porto há 30 anos - IV
A debandada da população do Porto para os concelhos limítrofes já tinha começado quando esta imagem foi captada, entre 1981 e 1985, mas Gaia não tinha ainda a densidade de construção que tem hoje, sobretudo ao longo da Avenida da República e na encosta a sul das Devesas, dois dos locais mais densamente povoados daquela cidade que podem ser observados na fotografia.
Do lado de cá do Douro vêem-se duas ruas que rasgam o casario na vertical da imagem: Santa Catarina, à esquerda, e Sá da Bandeira, quase ao centro. Em baixo, na horizontal está a Rua de Gonçalo Cristóvão.
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Do lado de cá do Douro vêem-se duas ruas que rasgam o casario na vertical da imagem: Santa Catarina, à esquerda, e Sá da Bandeira, quase ao centro. Em baixo, na horizontal está a Rua de Gonçalo Cristóvão.
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