01 março 2006

O Imperial

Um monumental café dos anos quarenta, restaurado e adaptado a novos usos pela McDonald's.











44 comentários:

CARMO disse...

Nem sei bem o que dizer para além de achar as fotos brilhantes! Agrada-me que um espaço destes esteja tão bem reabilitado e que o McDonalds não tenha destruído este valiosissimo património (nem sei como os marketeers do franching o permitiram... deve ser o McDonalds mais bonito do mundo). Por outro lado gostava que um edifício destes tivesse uma utilidade menos fugaz... menos fútil... menos efémera que um fast food!

Unknown disse...

Belas fotos, como habitualmente... Penso que apesar de tudo, a recuperação do espaço para o McDonalds foi feliz. Como diziam acima, melhor assim do que vetado ao abandono a que estava sujeito. Possivelmente não existe outro McD assim :)

isabel mendes ferreira disse...

e lá voltei....mas só para acrescentar "LUZES"....



fim.

sergei disse...

Não conheci o Imperial nos seus tempos de Imperial mas como já dito aqui, antes usado pelo Mac que abandonado! Não sei se é algo a que a empresa está obrigada ou se é da política deles mas não é a primeira vez que vejo espaços históricos aproveitados pelo Mac, sem os destruir. Este aqui no Porto é realmente muito bonito. Lembro que há uns meses (não sei quantos) saiu na Pública um artigo sobre Budapeste e referiam um dos seus Macs. Aquilo é realmente uma coisa bonita e impressionante. Já estive lá e confirma-se o que vinha na revista: é considerado o mais bonito Mac do mundo. O do Porto também não lhe fica atrás.

Só mais uma coisa: continue com as boas fotos. Estou à pouco tempo no Porto(1ano) e tenho descoberto muita coisa da cidade por este Blog.
Abraço

rps disse...

Abençoado McDonalds. Pela recuperação do Imperial.
E, já agora, pelos hamburgers. Sem batatas fritas.

blue kite disse...

Pois não deve existir outro Mac assim...
Belas fotos, como já todos sabemos.

Teófilo M. disse...

E ainda há quem diga que não sabe como reabilitar a Baixa...

Talvez perguntando ao Mac!

Só tem um senão, que é a caixilharia pindérica do guarda-vento. Poderiam ter feito melhor!

Quanto às fotos... comentar para quê?!

Fernando Ribeiro disse...

O Imperial conheceu momentos muito difíceis nos anos 80. À semelhança do que aconteceu com o Café Embaixador, ali a poucos metros, a clientela começou a diminuir consideravelemente e, por diversas vezes, os donos ameaçaram fechar aquilo.

Não sei se terão mesmo cumprido a ameaça e se terão sido os trabalhadores do estabelecimento, que mostraram muito combatividade, que aguentaram aquilo em regime de autogestão, cooperativa ou algo do género.

O que é certo é que um dos clientes que mais pressão fizeram para que o Imperial não fechasse foi o pintor Guima, juntamente com mais alguns militantes do PCP como ele, que também frequentavam o café. Terão sido eles, portanto, que terão influenciado os empregados.

Tenho também a impressão de que foi por influência de Guima (que entretanto já terá falecido, suponho) que o McDonalds não plastificou o estabelecimento, mas antes conservou um pouco do seu ambiente de café.

Carlos Romão disse...

Eu não sei se o Imperial, enquanto McDonalds é o mais bonito do Mundo ou não. Pelos vistos, segundo Sergei, há outro espaço interessante convertido, pela cadeia de fast food, em Budapeste. O importante é que o Imperial não se perdeu para a cidade, não teve o mesmo destino do Águia d?Ouro, do Astória, do Palladium, do Rialto e de tantos outros cafés que desapareceram na voragem do tempo e do lucro. Não sendo eu um entusiasta do que por lá se come, estou com a Lazuli, que bendiz os hamburgers, e com o RPS, que os abençoa.
O espaço físico do McDonalds, enquanto Imperial, não era muito diferente. Não existia o balcão do lado direito, e o balcão do fundo era mais discreto. No lugar da caixilharia pindérica da entrada, referida pelo Teófilo M., existia, se bem me lembro, um guarda-vento rotativo em madeira.
Quanto ao resto, o Imperial ficou a ganhar, porque antes de fechar para as obras de conversão, apresentava um aspecto decadente. Hoje está limpo, iluminado e com vida. A McDonalds, que tanta contestação tem despertado, acabou por ter aqui uma atitude inteligente perante o mercado, o que acaba por lhe render dividendos. E a nós também.

Carlos Romão disse...

Denudado,
obrigado pelo seu comentário que, como já vem sendo hábito, prima pela oportunidade.

Anónimo disse...

Belíssimo o que sempre aqui encontro. Temos que lhe agradecer os olhos e a sensibilidade com que vê o mundo. Um prazer para os nossos olhos.

Filipe Carmo disse...

Belas fotos!
Apesar de criticas ao McDonals por ter adquirido o local, ao menos esse "templo" encontra-se bem conservado.

th disse...

Frequentava o Imperial até vir para Lisboa, em 1972. Meu marido era funcionário do "Banco Inglês", hoje BBVA, na esquina da Avenida, e lá ia lanchar e esperar por ele. Nunca eu me dei conta da beleza do lugar, foi preciso "frequentar" este blog para o descobrir; um blog de alguém que ama o Porto de verdade. Um abraço, th

Anónimo disse...

olho para os vitrais e relembro a minha infância. Ia com o meu avô ou o meu pai ao Imperial, sentava-me e ficava largos minutos a olhar...

Diolindinha disse...

Fantástico o seu blogue!
Ó vizinho, dê uma saltadinha até cá!

Anónimo disse...

Ah! Esqueci-me de outro pormenor. Quando entrava era um cheirinho a café...Delicioso!

Carlos Romão disse...

Imagino Henrique, imagino...

Anónimo disse...

...

Mónica (em Campanhã) disse...

sou de um tempo (fim dos anos 80, talvez) em que o Imperial já entristecia quem lá entrava. só mesmo de olhos postos nos vitrais é que se podia lá lanchar. de resto era decrépito e cheirava a fim próximo.

mas, por uma vez, não foi assim e se tem que ser o McD, que seja. desde que sobreviva e resplandeça como merece, cheio de gente dentro. é pena que, por ser um McD, não seja fácil agora lá entrar.

Nuno Costa disse...

Um espaço muito agradavel, independentemente de se gostar ou não, da comida mcdonald´s.

Júlia Coutinho disse...

Se houvesse uma postura municipal que obrigasse os novos donos de espaços como este, a conservar a sua traça original e a preservá-la, talvez não tivessemos tantas destruições, como tem havido, ao nosso património construido.
Aqui por Lisboa os cafés que fecham levam com eles para a "morte" toda a sua beleza original. São destruídos, simplesmente. Por exemplo, o ex-café Gelo viu destruídos, entre outras raridades decorativas, um belo grupo escultórico de José Dias Coelho de que só existe fotografia... Não se preserva, sequer, a memória.
Obrigada, uma vez mais, Carlos Romão, por nos dar a "ver" estas preciosidades.

Diafragma disse...

E se eu fosse o Ministro da Cultura tinhas o futuro garantido! :)
Parabéns, excelente trabalho.

BRUNOFERREIRA disse...

estranho...

mas ainda bem!

do mal , o menos!

pelo meno não alteraram os vitrais para vitrais com o palhaço do mac.

mas bom!

Zeca disse...

Sempre que visito o Porto (adoro as suas gentes)saío com uma sensação de vazio enexplicável.

O vazio é daqui, na capital.
É tudo destruido sem olhar a nada nem a ninguém.
Aí ao menos vai imperando a inteligência.

Os famosos cafés
Gelo
Martinho
A Brasileira do Chiado (está um pandemónio)
O Nicola
são o paradigma da falta de bom senso dos seus donos e construtores.

Este post foi para o Plagiadíssimo.
Passa por lá e fica bem.

Poor disse...

este café é lindíssimo, pena ser de quem é agora, mas parece-me que caso contrário corríamos o risco de já não existir!como neste país gosta-se é de estragar o bonito, não me admirava nada!

Anónimo disse...

Belas fotos, sem dúvida alguma..quanto ao espaço, pelo menos foi recuperado e não deixado ao abandono como muitas outras "preciosidades" se encontram...

Anónimo disse...

Acho que a McDonald's soube respeitar e aproveitar o espaço, logo, não faz sentido queixarmo-nos da passagem do tempo. Nomeadamente, quando a zona estava degradada e mal frequentada, votada ao abandono.
À parte isso, gostei das fotos. Muito particularmente da terceira. :)

Anónimo disse...

Vergonha é trocar 2 hamburgers pelo António Mourão.

Anónimo disse...

Coisa estranha.
O Imperial è um símbolo.
McDonalds è um simbolo.
Mas são símbolo de coisas diferentes.
Assim estranho.

Avó do Miau disse...

Subscrevo o EFFE, apesar de não ter ficado nada mal!
Um abraço,
Daniela.

Carlos de Matos disse...

... seja lá como for, é um café e para mim estará sempre gravado na memória como tal, pois que nos idos de 50/60 era onde ia com meu Pai ler o jornal (que não se comprava - pois tirava-se do monte que o ardina tinha na porta e à saida devolvia-se juntamente com uma gorjeta!), beber um galão e comer umas torradas, tudo isto com sabores de então!

...Há pouco tempo passei por ele, mas apenas espreitei. Creio terem mantido a traça, com outra filosofia é certo,... mas mantiveram!

...Acabo de conhecer o "novo espaço" pelas excelentes e belas fotos.

...Prabens, como de costume!

Xi

delusions disse...

Eu adoro esse espaço...sempre que entro lá dentro fico maravilhada :) beijinhos e parabéns pelo blog*

maresia_mar disse...

eu adoro esse espaço onde passei muitas horas na minha vida de estudante. Apesar de tudo, e como já se disse aqui atrás, antes hamburguers que um mamarracho qualquer, ainda bem que não estragaram o essencial.. Adorei as fotos.. Njhs

Esplendor disse...

Lembro-me de ter chorado quando o Imperial fechou e de jurar nunca lá entrar quando abrisse o espaço Mac, passei muitas horas a estudar nas suas mesas.
Mas, entretanto, os anos foram passando e desde aquele dia em que reentrei para comprar uma água e ter ficado delumbrada com a recuperação já lá fui duas ou três vezes para um café ou uma refeição rápida. Lamento que o Imperial não tenha mantido o seu ar de café decadente e de tertúlia, mas talvez a alternativa fosse tornar-se um outro Magestic frequentado quase exclusivamente por turistas, dado o preço proibitivo do café, que nem sequer é grande coisa, assinale-se, apesar da publicidade referir uma óptima marca portuguesa que muito aprecio. De qualquer forma, parabéns pelas fotos e por continuar a surpreender-nos.

evva

Anónimo disse...

Pelo menos não aconteceu ao Imperial o que aconteceu ao Estrela de Ouro na Rua da Fábrica, do qual pouco resta depois das recentes e patéticas reformas. E o mais triste é que depois de destruirem o café, acabarão por fechar as portas, porque ninguém gosta de tomar o cimbalino num sitio tão insípido e descaracterizado... Uma pena

Luis Moutinho disse...

Mesmo não gostando desses Macs e da americanização dos nossos espaços, antes o Imperial que todos possam usufruir, ainda que com cheiro a hamburguer do que o Imperial fechado a que a decadência o levaria.

Anónimo disse...

nunca deveria ter sido vendido ao macdonalds. está completamente descaracterizado.

Anónimo disse...

Em fins de Fevereiro, principios de Março no lado de fora do Imperial a magnólia branca estava em flor; para mim mostrar o outro lado, é importante. Por uma questão de princípio e de honestidade (não falando sequer no sentimento).
É a outra face...
Abraço

Luís Bonifácio disse...

Na realidade a Mac Donalds foi obrigada a respeitar os traços arquitectónicos do café Imperial. O projecto inicial era a demolição pura e simples e a construção padronizada da Mac-Donalds.

Anónimo disse...

nós pertencemos à escola secundária dos carvalhos e temos que fazer um trabalho sobre os cafés históricos do Porto, depois de vermos este blog decidimos escolher o café Imperial mas não conseguimos encontrar nada à cerca dele. gostavamos que se podessem enviar qualquer coisa para o nosso mail que é o seguinte: angelitah_gomes@hotmail.com agradeciamos muito que nos podessem ajudar neste trabalho... já agora as fotos estão muito bonitas...
abraço

Anónimo disse...

Denudado...para sua informação o Pintor GUIMA ainda não faleceu. Tem neste momento 83 anos e está com uma exposição na Biblioteca Almeida Garret e estará patente até ao final de Novembro deste ano de 2011.
Ass. Pedro Guimarães (neto)

Prof. Kandonga disse...

Perdão, mas o Imperial foi inaugurado na década de 1930 e não de 40...

Prof. Kandonga disse...

O Café Imperial foi inaugurado na década de 1930 e não de 40...
http://www.apha.pt/boletim/boletim2/pdf/CafesDoPorto.pdf

Carlos Romão disse...

Prof. Kandonga,
já não sei quel foi a minha fonte porque passaram sete anos, de qualquer modo obrigado pela rectificação.