24 julho 2009
23 julho 2009
Abaixo-assinado contra a demolição do Mercado do Bom Sucesso
Fernando Sá, Presidente da Associação de Feiras e Mercados da Região Norte, Paula Sequeiros e Pedro Figueiredo, constituem um grupo de cidadãos que decidiu opor-se à demolição do Mercado do Bom Sucesso para que ali se construa um hotel, um «shopping», escritórios e um parque de estacionamento. As formas são de um abaixo-assinado - em que se manifestam contra a incapacidade de gestão do património público revelada pela Câmara Municipal do Porto - e do blogue Mercado do Bom Sucesso Vivo, onde se podem observar fotos de mercados congéneres de Valência, Barcelona, Toulouse, Londres, Hamburgo e Veneza, em plena actividade.
O Mercado do Bom Sucesso é apenas mais um edifício notável posto à venda após a tentativa falhada de destruição do Mercado do Bolhão e do recente negócio do Pavilhão Rosa Mota, que incluiu, no mesmo pacote, a alienação de parte dos jardins do Palácio de Cristal.
A petição, que já assinei, contava ao fim de três dias, segundo o Jornal de Notícias, com 2500 assinaturas entre a internet e as recolhidas em papel.
16 julho 2009
A pérgula da Foz do Douro
No tempo em que a direcção do Público prestava mais atenção ao que se passava no norte do país - fora da baixeza dos jogos políticos que continuam a ser notícia - o jornal publicou, entre 1994 e 1997, uma série de crónicas de Luís Miguel Queirós sob o título geral O Nome da Rua. Essas narrativas formam um excelente, apesar de não exaustivo, guia da toponímia portuense, fruto de muito trabalho de investigação e produto, ainda, da redacção de estalo que o Público tinha no Porto.
Numa delas, dedicada à Rua do Dr. Sousa Rosa, eram-nos prometidas Revelações sobre a origem da pérgula da Foz do Douro. O autor, depois de caracterizar «a zona do Porto a que chamamos genericamente “a Foz”», afirma desconhecer «a data precisa em que a autarquia decidiu evocar nesta rua – que liga a aprazível Praça de Liège à Rua do Crasto – o médico e militar Augusto Sousa Rosa», sendo de crer «que a alteração toponímica tenha ocorrido em 1938, já que foi» naquele «ano que faleceu o homenageado».
As revelações surgem pela pessoa de um neto de Sousa Rosa, nascido várias décadas após a morte do avô, que forneceu informação detalhada sobre aquele que em 1929 assumiu a presidência da Câmara do Porto.
«Logo no seu primeiro ano à frente da gestão autárquica, Sousa Rosa – que residia, e veio a morrer, no número 210 da rua que lhe tomou o nome – promove a construção da pérgula que hoje embeleza a Avenida do Brasil» - diz-nos Luís Miguel Queirós. E continua: «Que esta elegante fiada de colunas erguidas junto às praias ficou concluída em 1931, é informação que vem nos livros. Mas o que poucos saberão é que o seu desenho foi esboçado pela própria mulher de Sousa Rosa (...). Tendo acompanhado o marido quando este foi enviado para França, durante a Primeira Guerra, pôde ali admirar um monumento semelhante, que lhe serviu de inspiração para o seu “ante-projecto” da pérgula portuense.»
Infelizmente o neto do autarca desconhecia a localidade onde a sua avó avistou a pérgula que terá servido de modelo à que hoje existe na Foz do Douro.
Numa delas, dedicada à Rua do Dr. Sousa Rosa, eram-nos prometidas Revelações sobre a origem da pérgula da Foz do Douro. O autor, depois de caracterizar «a zona do Porto a que chamamos genericamente “a Foz”», afirma desconhecer «a data precisa em que a autarquia decidiu evocar nesta rua – que liga a aprazível Praça de Liège à Rua do Crasto – o médico e militar Augusto Sousa Rosa», sendo de crer «que a alteração toponímica tenha ocorrido em 1938, já que foi» naquele «ano que faleceu o homenageado».
As revelações surgem pela pessoa de um neto de Sousa Rosa, nascido várias décadas após a morte do avô, que forneceu informação detalhada sobre aquele que em 1929 assumiu a presidência da Câmara do Porto.
«Logo no seu primeiro ano à frente da gestão autárquica, Sousa Rosa – que residia, e veio a morrer, no número 210 da rua que lhe tomou o nome – promove a construção da pérgula que hoje embeleza a Avenida do Brasil» - diz-nos Luís Miguel Queirós. E continua: «Que esta elegante fiada de colunas erguidas junto às praias ficou concluída em 1931, é informação que vem nos livros. Mas o que poucos saberão é que o seu desenho foi esboçado pela própria mulher de Sousa Rosa (...). Tendo acompanhado o marido quando este foi enviado para França, durante a Primeira Guerra, pôde ali admirar um monumento semelhante, que lhe serviu de inspiração para o seu “ante-projecto” da pérgula portuense.»
Infelizmente o neto do autarca desconhecia a localidade onde a sua avó avistou a pérgula que terá servido de modelo à que hoje existe na Foz do Douro.
05 julho 2009
A Culturgest em Tibães
S. Martinho de Tibães que foi, para além de mosteiro, centro produtor e difusor de culturas e estéticas durante os séculos XVII e XVIII, acolhe, até 22 de Agosto, a exposição De Malangatana a Pedro Cabrita Reis, promovida pela Culturgest, que integra obras de arte da colecção da Caixa Geral de Depósitos.
A primeira referência a este mosteiro data de 1077, no entanto a construção do actual conjunto de edifícios iniciou-se em 1614 prolongando-se, num processo de sucessivas renovações, até 1834 ano em que foram extintas as ordens religiosas masculinas em Portugal. A antiga casa mãe dos mosteiros beneditinos entrou, a partir daí, em lenta degradação que nos anos setenta do século XX acabou na delapidação dos bens do mosteiro e na ruína.
É o Estado que a partir de 1996 recupera aquele espaço belíssimo através do trabalho - e de muita dedicação também - de uma equipa do Instituto Português do Património Arquitectónico, trazendo até nós muito do que estava perdido.
Tibães fica apenas a 9 Km de Braga e a cerca de 45 minutos de viagem do Porto.
Nas fotos podem ver-se o conjunto monumental composto pela igreja e pelo mosteiro, e a sala do capítulo durante a montagem da exposição.
A primeira referência a este mosteiro data de 1077, no entanto a construção do actual conjunto de edifícios iniciou-se em 1614 prolongando-se, num processo de sucessivas renovações, até 1834 ano em que foram extintas as ordens religiosas masculinas em Portugal. A antiga casa mãe dos mosteiros beneditinos entrou, a partir daí, em lenta degradação que nos anos setenta do século XX acabou na delapidação dos bens do mosteiro e na ruína.
É o Estado que a partir de 1996 recupera aquele espaço belíssimo através do trabalho - e de muita dedicação também - de uma equipa do Instituto Português do Património Arquitectónico, trazendo até nós muito do que estava perdido.
Tibães fica apenas a 9 Km de Braga e a cerca de 45 minutos de viagem do Porto.
Nas fotos podem ver-se o conjunto monumental composto pela igreja e pelo mosteiro, e a sala do capítulo durante a montagem da exposição.
25 junho 2009
Dois eléctricos históricos, o 100 e o 104
A circulação de veículos de tracção animal sobre carris para transporte de passageiros, no Porto, iniciou-se em 1872 no percurso do Infante a Matosinhos, pela beira-rio, a cargo da Companhia do Carril Americano do Porto até à Foz e Matosinhos. Esta empresa já se tinha fundido com a Companhia de Carris de Ferro do Porto quando, em 1896, se iniciou a electrificação da linha marginal, concluída no ano seguinte. Os carros até ali puxados por mulas passaram então a circular atrelados aos veículos de tracção eléctrica.
O 104, nas fotos acima, foi motorizado em 1895 e circulou, modificado, nas ruas do Porto durante 85 anos, até 1980. Estes dados, do Museu do Carro Eléctrico, contradizem os do interessante sítio de Ernst Kers, que vale a pena conhecer, dedicado aos eléctricos do Porto. Aqui, o 104 é-nos apresentado como utilizado na instrução até 1959 e dado como desmantelado em 1964.
O actual veículo é uma réplica construída a partir de outro eléctrico, em 1994.
O 100, que tem como particularidade as aberturas laterais, é também, segundo o museu, uma réplica de um veículo construído na primeira década do século XX, que ardeu num incêndio na estação da Boavista em Fevereiro de 1928, conjuntamente com outros vinte e dois eléctricos, quatro atrelados e duas zorras
A reconstrução deste carro, de acordo com o original, realizou-se em 1995.
O 104, nas fotos acima, foi motorizado em 1895 e circulou, modificado, nas ruas do Porto durante 85 anos, até 1980. Estes dados, do Museu do Carro Eléctrico, contradizem os do interessante sítio de Ernst Kers, que vale a pena conhecer, dedicado aos eléctricos do Porto. Aqui, o 104 é-nos apresentado como utilizado na instrução até 1959 e dado como desmantelado em 1964.
O actual veículo é uma réplica construída a partir de outro eléctrico, em 1994.
O 100, que tem como particularidade as aberturas laterais, é também, segundo o museu, uma réplica de um veículo construído na primeira década do século XX, que ardeu num incêndio na estação da Boavista em Fevereiro de 1928, conjuntamente com outros vinte e dois eléctricos, quatro atrelados e duas zorras
A reconstrução deste carro, de acordo com o original, realizou-se em 1995.
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