Há uma brutalidade nesta pintura, digamo-lo sem qualquer hesitação; brutalidade que consiste em obrigar-nos sem trégua a pensar que o homem é o mais mortal dos animais, que o seu corpo não cessa de ser corroído pela lepra do tempo, que o esplendor da sua juventude se converte com facilidade na mais grotesca paródia de si próprio, que tudo nele está inexoravelmente votado à morte.
Eugénio de Andrade sobre o painel Ribeira Negra, a revisitar aqui.
21 setembro 2011
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1 comentário:
Um grande homem e um grande portuense.
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