É nas instalações de uma antiga confecção de chapéus no alto da Fontinha, a Real Fábrica Social (1846-1914), que José Rodrigues tem o seu local de trabalho. São 1 300 m2 que, além do atelier, abrigam a residência do escultor, espaços expositivos e são também morada de outras actividades ligadas às artes.
José Rodrigues é considerado um dos renovadores da escultura em Portugal. Com ele, segundo a investigadora Laura Castro, a escultura nacional evoluiu «da estaticidade que lhe era peculiar para o movimento, da opacidade para a transparência, da ideia de estátua para a de objecto, do bronze e da pedra para todo o material que se quiser converter em matéria artística».
A Fábrica Social está aberta ao público de Segunda-Feira a Sábado, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00.
12 maio 2015
17 abril 2015
A Rua das Flores
A antiga rua de Santa Catarina das Flores foi mandada abrir pelo Venturoso no início do século XVI. Com a transferência da Misericórdia, da Sé para aqui, e a construção de moradias quinhentistas de famílias abastadas da cidade, tornou-se na principal artéria da urbe, antes do Porto se expandir para fora da muralha medieval. Ao longo dos séculos tem conservado a faceta mercantil, de que são exemplo as lojas de ourives ainda ali existentes. A imagem documenta a rua após as obras recentes ali realizadas, sem o predador dos centros históricos das cidades que dá pelo nome de automóvel.
13 abril 2015
O Porto Insurgente
09 abril 2015
A antiga Rua da Esperança
A antiga rua da Esperança, dos Cordoeiros e, mais tarde, da Cordoaria Velha, que trepa do Largo de S. Pedro de Miragaia ao Passeio das Virtudes, tem hoje os nomes de dois portuenses ilustres. Até ao gracioso gaveto da imagem evoca Tomás Gonzaga, o poeta luso-brasileiro autor da Marília de Dirceu, nascido em Miragaia em 1744. Dali para cima é designada por Francisco da Rocha Soares, de que houve dois com o mesmo nome, pai e filho, distintos impulsionadores da indústria de cerâmica no século XIX, com fábricas em Miragaia e em Massarelos.
17 março 2015
A Rua do Comércio do Porto
É antiga de séculos, a Rua do Comércio do Porto. A parte de baixo - até à Rua de S. João Novo - já existia no tempo de D. Pedro I, no século XIV. Juntamente com a parcela de cima, que foi mandada abrir por D. Manuel I «para melhor serventia do povo e enobrecimento da cidade», teve, entre outras designações, as de Ferraria Nova e Ferraria de S. Francisco.
O nome actual da rua, ao contrário do que parece, não homenageia a actividade comercial da cidade, mas sim o jornal que aqui se publicou entre 1854 e 2005, razão pela qual deveria ser designada por Rua de O Comércio do Porto.
12 março 2015
Navegar no Douro
O Viking Torgil e o Viking Hemming são os barcos mais recentes a navegar no Douro. Foram construídos há um ano em Aveiro e ostentam o nome de uma empresa de cruzeiros fluviais, a Viking, que actua na Europa e na Ásia. Por cá, são operados pela Douro Azul. Acostados com outros seis barcos no cais de Gaia, retomarão em breve a subida do rio até Barca d'Alva, desvendando o património da região do Douro aos visitantes, na maioria, forasteiros.
28 fevereiro 2015
27 fevereiro 2015
As Estações de S. Bento
Partilham o nome e ambas são estações ferroviárias. Uma serve passageiros dos comboios urbanos e regionais que partem do Porto, a outra os da área metropolitana. Para além do nome e da partilha da localização na Praça de Almeida Garrett, têm mais em comum: foram projectadas por dois grandes nomes da arquitectura portuense, Marques da Silva - um homem que traçou muito do que o Porto é hoje - e Álvaro Siza Vieira - o arquitecto contemporâneo de renome mundial.
No tempo, estão separadas por um século. A primeira pedra da S. Bento dos comboios foi colocada em 1900 pelo chefe de estado de então, o rei D. Carlos, enquanto a estação da Linha Amarela do Metro do Porto veria a luz do dia já depois do fim do século, em 2005.
(prima para ver maior)
18 fevereiro 2015
Visita Guiada
O auto-retrato de Aurélia de Sousa foi selecionado no ano 2000 pela Royal Academy of Arts de Londres para representar a arte que se fazia em 1900 no mundo inteiro. E, contudo, quem, em Portugal, conhece a pintura da enigmática Aurélia de Sousa? Uma pintora do Porto que estudou em Paris e desafiou de forma surpreendente as convenções do seu tempo.
A ver na visita guiada por Paula Moura Pinheiro, ao Museu Nacional de Soares do Reis.
12 fevereiro 2015
Da Casa das Virtudes
O brasão de José Pinto Meireles, Cavaleiro da Ordem de Cristo, na casa que mandou construir em 1767, com sua mulher D. Francisca Clara de Azevedo Pinto Aranha e Fonseca, onde está hoje instalada a Cooperativa Árvore.
Aquilo que nos parece, a desproporção entre a pedra de armas e a fachada baixa e corrida do edifício, é referido por Mário Cláudio, como uma «desconforme vistosidade» que, concede, «reflectia a robustez da Quinta das Virtudes». Do brasão, diz-nos: «era este em granito muito rude, sobre o lintel do telhado, figurando um escudo de composição partida, com os cinco crescentes do Pintos e, na parte onde se mostrava cortado, a águia, imponente e lateral, dos Azevedos e a cruz, florida e vazia, dos Meirelles. Por diferença, inseria uma brica, com um trifólio, e eis que revelava, ainda, um coronel de nobreza, além de mui interessantes motivos florais, a ladear o dito escudo».
Em: A Quinta das Virtudes
07 fevereiro 2015
30 janeiro 2015
28 janeiro 2015
22 janeiro 2015
19 janeiro 2015
16 janeiro 2015
12 janeiro 2015
09 janeiro 2015
22 dezembro 2014
17 dezembro 2014
O regresso dos eléctricos à frente marítima do Porto
A NOTÍCIA«O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, disse aos jornalistas, antes da sessão de apresentação dos 2 projectos, que o plano estratégico deverá estar finalizado no prazo de “mês e meio, 2 meses” e que a partir desse momento tudo o que for feito naquela zona da cidade “obedecerá a esse plano estratégico”.
Entre as várias propostas que constam do plano encontra-se o regresso do eléctrico à marginal, desde o Passeio Alegre até Matosinhos, num canal a instalar do lado do mar, subtraindo uma faixa aos automóveis.
Além disso, o plano, que, segundo Rui Moreira, visa dar “uma nova vivência” numa “zona da cidade privilegiada”, prevê que “o Clube de Ténis e os campos actualmente adossados ao Forte de São João deverão ser retirados e afastados cerca de 60 metros do forte”, podendo a antiga escola primária funcionar como “club house”.»
OS PROJECTOS
Plano de Estrutura para a Frente Marítima do Porto
Plano de Circulação da Foz
11 dezembro 2014
02 dezembro 2014
«O Porto de Ricardo Fonseca já não existe»
25 novembro 2014
Álvaro Siza, Obras e Projectos - Requalificação da Avenida de Afonso Henriques
Foi em 1948 que se procedeu à demolição de uma parte importante do centro histórico do Porto para abrir uma ligação que permitisse a circulação rápida de automóveis entre a Praça de Almeida Garrett e a Ponte Luís I. Desapareceu assim o morro da Cividade e com ele os vestígios medievais do Corpo da Guarda. No seu lugar ficou, até aos nossos dias, um enorme rasgão a separar o casario da Sé das velhas casas que subsistem nas ruas do Loureiro, Chã, Cativo e na de Cimo de Vila, o caminho que conduzia a uma das portas da antiga muralha medieval. Houve dezenas de planos para suturar a ferida aberta mas, por incapacidade da cidade, nenhum foi executado.
Neste filme, de 2001, Álvaro Siza Vieira apresenta o seu segundo projecto - o primeiro é de 1968 - para a Avenida de Afonso Henriques. Através dele percebemos melhor a perda patrimonial e a necessidade de recompor a morfologia daquela parte da cidade.
23 novembro 2014
11 novembro 2014
A estufa neogótica do Parque da Lavandeira
Num recanto do Parque da Lavandeira, em Gaia, por detrás de uma vedação está o que resta do belíssimo edifício de ferro que a gravura publicada na Revista Ocidente, em Maio de 1883, apresenta como produto da indústria portuguesa de então. Foi mandado construir pelo Conde Silva Monteiro (1822-1885) - individualidade que esteve ligada à Associação Comercial do Porto, ao arranque da construção do porto de Leixões e à construção da linha de caminho de ferro do Porto à Póvoa de Varzim - e executado pela Fundição do Ouro, de Luiz Ferreira Cruz e Irmão, no Porto.
O jornal o Comércio do Porto, em Agosto de 1883, referia que esta não era «uma edificação vulgar, uma estufa como todas as outras». E adiantava: «Recorreu-se à arte, pensou-se muito na parte ornamental, e é este o seu maior mérito. Conhecemos as principais estufas e jardins de Inverno da Europa, em geral umas construções simples, pouco ou nada arquitectónicas, e que, portanto, diferem muito desta. Aqui, o desenhador pegou no lápis e foi descrevendo traços sobre o papel, à medida que a fantasia divagava pelos domínios da arte dos séculos passados. Não se pode dizer que seguisse rigorosamente este ou aquele estilo, mas o conjunto é agradável à vista.» (…) «Os rendilhados da cobertura são todos de ferro e de uma leveza tão extraordinária, que mais parecem recortes feitos em papel transparente. O corpo principal é sustentado por quatro arcos, nos quais se observa o mesmo estilo da parte exterior, que recorda muito o gótico. Nesta edificação é tudo harmonioso e bem proporcionado. Tem 24 metros de frente, 12 de altura no centro e 12 de fundo. Quando estiver povoada de plantas, deve produzir efeito surpreendente. Daqui se vê que esta estufa é uma das maiores que existem em Portugal e a primeira entre todas quantas possuem os amadores portugueses.» Classificada como imóvel de interesse municipal, a estufa, que é privada, chegou aos nossos dias muito degradada o que não impediu que em 2012 Luís Filipe Menezes, em plena pré-campanha para a Câmara do Porto, tenha avançado com um projecto de reabilitação da estrutura, que pesa 38 toneladas, orçado em 250 000 euros. A este valor somavam-se 140 000 euros para recuperar o jardim romântico onde a estufa se insere, e um lago adjacente, alargando a área do parque de 14 para 16 hectares. Um belo projecto, como se vê. E muito dinheiro, sobretudo agora que as prioridades da Câmara de Gaia são de outra ordem.
O jornal o Comércio do Porto, em Agosto de 1883, referia que esta não era «uma edificação vulgar, uma estufa como todas as outras». E adiantava: «Recorreu-se à arte, pensou-se muito na parte ornamental, e é este o seu maior mérito. Conhecemos as principais estufas e jardins de Inverno da Europa, em geral umas construções simples, pouco ou nada arquitectónicas, e que, portanto, diferem muito desta. Aqui, o desenhador pegou no lápis e foi descrevendo traços sobre o papel, à medida que a fantasia divagava pelos domínios da arte dos séculos passados. Não se pode dizer que seguisse rigorosamente este ou aquele estilo, mas o conjunto é agradável à vista.» (…) «Os rendilhados da cobertura são todos de ferro e de uma leveza tão extraordinária, que mais parecem recortes feitos em papel transparente. O corpo principal é sustentado por quatro arcos, nos quais se observa o mesmo estilo da parte exterior, que recorda muito o gótico. Nesta edificação é tudo harmonioso e bem proporcionado. Tem 24 metros de frente, 12 de altura no centro e 12 de fundo. Quando estiver povoada de plantas, deve produzir efeito surpreendente. Daqui se vê que esta estufa é uma das maiores que existem em Portugal e a primeira entre todas quantas possuem os amadores portugueses.» Classificada como imóvel de interesse municipal, a estufa, que é privada, chegou aos nossos dias muito degradada o que não impediu que em 2012 Luís Filipe Menezes, em plena pré-campanha para a Câmara do Porto, tenha avançado com um projecto de reabilitação da estrutura, que pesa 38 toneladas, orçado em 250 000 euros. A este valor somavam-se 140 000 euros para recuperar o jardim romântico onde a estufa se insere, e um lago adjacente, alargando a área do parque de 14 para 16 hectares. Um belo projecto, como se vê. E muito dinheiro, sobretudo agora que as prioridades da Câmara de Gaia são de outra ordem.
05 novembro 2014
29 outubro 2014
Um navio no cais da Ribeira
O navio Douro como fio condutor para uma incursão em pinturas de Eduardo Viana, Joaquim Lopes, Domingos Alvarez, Dordio Gomes e António Cruz, artistas que se inspiraram na actividade fluvial do porto do Douro e do Cais da Ribeira, nos anos 20 e 30 do século passado. A ler em do Porto e não só...
28 outubro 2014
Álvaro Siza, Obras e Projectos - Matosinhos
Os primeiros projectos de Álvaro Siza, executados em Matosinhos nos anos 50, foram mal recebidos pela opinião pública. Quatro habitações, que então desenhou, foram classificadas como «a vergonha da terra» e outra foi apelidada como «a vacaria». Neste pequeno filme, de Luís Ferreira Alves e Vítor Bilhete, realizado em 2001, Siza desfia estas memórias e as de outros projectos já com notável reconhecimento público: a Casa de Chá da Boa Nova, a Piscina das Marés e a Revisão do Plano de Matosinhos Sul.
A ver aqui.
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