18 abril 2005
Portucale castrum novum
«O Porto nasceu das cinzas fumegantes a que o mouro el-Mansor havia reduzido a mesquinha população da beira-rio. E depois, quando pôde, marinhou à eminência da Pena Ventosa, fez-se cidadela, Portucale castrum novum, armou em bispado e feudo, e gastou a juventude a brigar com o senhor bispo, dono pouco amável do burgo e dos burgueses. Estes, emancipando-se afinal, apesar das censuras eclesiásticas e dos anátemas, davam por sua vez ao duro amo ruins bocados. Assim levou o Porto a sua vida entortinhada e de má medrança, desde os inícios da monarquia. O caldo negro espartano enrijou-o precocemente para a luta das imunidades do seu lar.»
João de Oliveira Ramos
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5 comentários:
obrigado pela homenagem que o blog presta à nossa querida cidade
Estas, sim, são fotos espectaculares...
Grata pela visita, Jinho, BShell
Que bom que é amanhecer descobrindo um blog fantástico sobre a cidade mais bonita do Mundo.
Muitos parabéns pelo blog e por toda a dedicação que lhe entregas.
Ana
Palavras para quê? O Porto fala-nos com a silhueta. Com as sombras. Com o cinzento mal-compreendido por quem o encerra numa mera comparação meteorológico-psicológica. O Porto é um homem que nos abraça se também formos fortes de espírito, como ele.
Texto curioso, rico de estilo, pobre de conteúdo, vazio de rigor. Típico de alguma historiografia romântica e, paralelamente, de um outro tempo, mais poético, de fazer jornalismo.
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